O Município de Leiria integra uma estrutura piloto que facilita o contacto e a vacinação nesta fase de inoculação da população contra a covid-19, disse à agência Lusa o presidente do Câmara, que já prepara o pós-confinamento.
Gonçalo Lopes adiantou que nestes cerca de dois meses que irá durar esta fase da vacinação contra o SARS-CoV-2 foi disponibilizado o estádio de Leiria para ser criado um centro de vacinação.
“Fazer a vacinação fora dos centros de saúde irá aliviar a pressão nestas unidades. Este centro permitirá uma linha avançada onde se efetuarão os primeiros contactos de chamada para a vacinação, sendo estes da responsabilidade do Ministério da Saúde”, esclareceu o presidente da autarquia.
Nos locais onde a população for menor, a vacinação pode ser efetuada nos centros de saúde, adianta ainda.
Covid-19: Nova fase de vacinação arranca no estádio de Leiria
Gonçalo Lopes revelou que a Câmara, em colaboração com as juntas de freguesia, irá ajudar no contacto com os idosos a serem vacinados e irá disponibilizar transporte quando for necessário.
“Há pessoas que não terão telemóvel e como existe uma ligação estreita à população, sobretudo, através das juntas, vamos colaborar nesse contacto. Nas situações em que a pessoa não tenha transporte para se deslocar, iremos disponibilizar os nossos meios ou até externos”, garantiu Gonçalo Lopes.
Uma das preocupações do também presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) é a “escassez” de vacinas.
“O número de vacinas que os concelhos do Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Litoral [Batalha, Leiria, Marinha Grande, Pombal e Porto de Mós] irá receber não chega aos 5.000. Esta é uma área em que temos de saber gerir as expectativas das pessoas. A prioridade é chegar a quem mais precisa e as outras pessoas receberão a sua vacina na próxima fase”, afirmou.
Gonçalo Lopes revelou ainda que a CIMRL está já a preparar o regresso à atividade económica e social pós-confinamento “em segurança”.
“Não queremos que seja abusivo, nem descontrolado. Apelo ao contínuo uso das máscaras, pois o vírus tem variantes e evolução, que são imprevisíveis”, alertou.
O presidente apelou, sobretudo, aos jovens para não facilitarem, recordando que nesta terceira vaga o número de pessoas mais novas internadas no hospital aumentou.
“Além disso, eles são também um veículo de transmissão e têm sido mais afetados pela nova variante do vírus. Vamos continuar a conviver com o vírus, pois há ainda pessoas que não foram vacinadas”, constatou.
Gonçalo Lopes revelou ainda que, além dos pedidos de apoio das empresas, os contactos para auxílio social também aumentaram.
“Temos pedidos de computadores, alimentação e medicamentos e não estamos a falar apenas de pessoas desempregadas. Algumas têm emprego, mas perderam rendimentos ou por estarem em ‘lay-off’ ou porque um elemento ficou sem trabalho.”