Imagine um mundo em que as farmácias estavam proibidas de vender medicamentos – mas as parafarmácias dos hipermercados não; ou uma sociedade em que os talhos fossem impedidos de vender carne – mas os supermercados podiam fazê-lo; ou uma realidade em que os barbeiros não estavam autorizados a cortar cabelos e barbas – a não ser que servissem cervejas e snacks. É num labirinto desses que habitam por estes dias as livrarias independentes dos grandes grupos de distribuição.
A luta contra a Covid-19 está a asfixiar as nossas livrarias com um paradoxo
As livrarias independentes lutam há muito pela sobrevivência, mas a pandemia pode ser a estocada decisiva. Sobretudo devido à lei que lhes fecha as portas e permite a venda de livros em hipermercados, bombas de gasolina e correios. Um capítulo que arrisca ter um final infeliz.