Somados, os votos que o Movimento pela Marinha (MpM)e o +Concelho (+C) conseguiram há quatro anos na corrida à presidência de Câmara da Marinha Grande, teriam assegurado a vitória.
A margem seria curta, mas suficiente. Mas, em 2017, data das últimas eleições autárquicas, os dois movimentos independentes, nascidos quatro anos antes, concorreram em separado e a vitória foi socialista. Será que quatro anos depois, a união poderá alterar o desfecho das eleições?
Aurélio Ferreira do MpM e João Brito, do +C, estão confiantes que sim. Na última segunda-feira, junto ao Arquivo Municipal, formalizaram o acordo que une os dois movimentos e cria um novo: +MPM – Movimento Pelo Concelho.
A união de facto tem para já um acordo autárquico escrito que, assumem, começa agora a ser trabalhado. Limadas as arestas, há uma certeza: o candidato à Câmara é Aurélio Ferreira, que em 2017 foi cabeça de lista do MpM e um dos dois eleitos do movimento para o executivo.
Apostados em concorrer a todos os órgãos autárquicos em disputa no próximo outono, os responsáveis pelos movimentos que agora se uniram, centraram o discurso na necessidade de defesa dos interesses do concelho e na promoção da competência. “Independência”, “lealdade” e “capacidade de trabalho” são centrais, declararam.
Com as alterações legislativas que dificultam as candidaturas independentes como pano de fundo, Aurélio Ferreira – que preside à Associação de Movimentos Autárquicos Independentes (AMAI) – garantiu que esta candidatura é irreversível.
Quanto ao posicionamento ideológico do novo movimento? Nele é possível encontrar elementos que vão desde o Bloco de Esquerda ao CDS, explicou Aurélio Ferreira. “É uma ideologia marinhense”, especificou João Brito.