Reconquistar a liderança municipal para contrariar aquilo que apelida como sendo a “incompetência” da maioria socialista nos destinos camarários.
Esta é a aposta da CDU que, esta tarde, apresentou Alexandra Dengucho como candidata à presidência da Câmara da Marinha Grande, nas eleições autárquicas do próximo outono.
A advogada de 55 anos, que em 2017 também foi cabeça de lista pela CDU, apontou várias linhas de ação para o projeto que pretende implementar.
Apoiar e dar nova relevância ao associativismo concelhio, definir uma política municipal de educação, combater a precariedade nos serviços prestados na alçada municipal e melhorar as redes de água e saneamento, são apenas algumas das tarefas que enunciou.
Alexandra Dengucho, que reconheceu ter uma postura aguerrida, uma vez que “com falinhas mansas não vamos lá”, adiantou que a maioria PS na Câmara não se pode desculpar com obstáculos da oposição. É que, lembrou, neste mandato contou com todos os orçamentos aprovados.
Para a candidata da CDU, a lista de projetos por cumprir da maioria PS atualmente em funções resulta da incapacidade para os concretizar.
O turismo, que num cenário pós-pandémico volta a ser central, é uma das apostas de Alexandra Dengucho.
A advogada prometeu dar andamento ao projeto que anunciou há vários anos e que passa pela criação de um Parque do Pinhal do Rei.
Foi, aliás, em pleno Parque de Merendas da Portela, no Pinhal, que decorreu a apresentação da candidata, perante cerca de uma centena de pessoas.
Nas várias intervenções desta tarde, foi lembrado o valor simbólico da Mata, tendo sido apontado o dedo à falta de políticas de manutenção e limpeza do Pinhal, como razão de fundo para o fogo que quase o destruiu por completo em 2017.
Encontrar uma solução para as Piscinas Oceânicas de São Pedro de Moel, encerradas há vários anos, foi outra das apostas deixadas por Alexandra Dengucho que criticou o arrastar do problema: “É um elefante branco sem solução”.
Definir o destino para o patrimónios da FEIS – que a Câmara adquiriu – e avançar com o novo mercado municipal, foram outros dos vários dossiês que desfiou e cuja falta de concretização imputa à gestão do PS. “Porque não se construiu a piscina?”, questionou, apontando o dedo à falta de concretização da atual maioria.