Ásia, América e Europa são os três continentes onde Leiria está presente através dos acordos de geminação que já celebrou com dez cidades.
Cada vez mais, o estabelecimento de relações internacionais é uma iniciativa adotada pelos municípios para o desenvolvimento local de empresas, para a criação de novas oportunidades de negócio e múltiplas trocas e intercâmbios culturais.
Muitas das geminações nascem das relações com comunidades portuguesas instaladas no estrangeiro e são posteriormente alimentadas com contactos comerciais, trocas de conhecimento, intercâmbios, entre outros. Aquela que parece ser a chave para uma relação duradoura. Prova disso é a relação existente com a cidade de Tokushima, no Japão, que remonta a outubro de 1969, tendo já ultrapassado as bodas de ouro.
Uma geminação motivada pela figura de Wenceslau de Moraes, militar da Marinha portuguesa e escritor que abandonou a carreira militar e diplomática para viver em Tokushima consoante os costumes japoneses, e que até hoje já contou com múltiplas visitas, intercâmbio de negócios, promoção de eventos e muitas outras atividades concretizadas tanto por cá como em Tokushima. Destaque para a ligação da EB1 e Jardim de Infância da Cruz da Areia à Escola Primária de Shinmachi e para a atribuição do nome da cidade japonesa a uma rua em Leiria – prática comum e transversal a outras cidades “irmãs”.
Sete geminações em duas décadas
No final do século XX, Leiria ganhou mais sete cidades “irmãs”: Setúbal, em Portugal; Saint-Maur-des-Fossés, em França; Maringá, no Brasil (1982); Olivenza, em Espanha (1984); Rheine, na Alemanha (1996); Halton, no Reino Unido (1997) e Olavarría, na Argentina (1992). Geminações que apresentam um mundo de oportunidades não só a nível cultural como também para as empresas e comércio, sendo que Maringá constitui uma boa aposta para potencializar os sectores do vinho, da indústria têxtil e da construção civil.
Já em Tokushima, são os sectores dos moldes, do mobiliário e também do vinho que representam mais oportunidades para as empresas do concelho de Leiria.
Relativamente às atividades culturais também aqui a ligação tem dado frutos: em 2017, Leiria levou um conjunto de cinco artistas a expor 51 obras no Museu de Kloster Bentagle, na Alemanha, como forma de celebrar o aniversário com a cidade “irmã” Rheine. Também Carlos Vieira, ciclista leiriense, partiu da cidade do Lis rumo à cidade alemã num percurso de bicicleta de 2.583 quilómetros. A mesma iniciativa foi realizada com a cidade de Olavarría.
As atividades culturais, acolhimento entre famílias, envolvendo delegações, escolas e instituições constituem a face mais visível das geminações e têm desencadeado oportunidades únicas, nomeadamente as jovens do Lar de Santa Isabel, em Leiria, que viajaram até Halton, em intercâmbio, ou o programa “Jovens Embaixadores”, em que alunos de Leiria, Halton e Rheine puderam realizar estágios profissionais.
As duas últimas cidades com quem Leiria assinou o protocolo foram Quint-Fonsegrives, em França, em 2013, e Penglai, na China, em 2014. Da cidade chinesa já resultaram vários apoios relativos a reforço de material médico durante a pandemia e existe um grande fluxo de intercâmbio de estudantes universitários. A relação com Quint-Fonsegrives, destaca-se pelas ações de solidariedade.
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São dez as cidades com que o concelho de Leiria se encontra geminado: Tokushima, Japão; Setúbal, Portugal; Saint-Maur-des-Fossés, França; Maringá, Brasil; Olivenza, Espanha; Olavarría, Argentina; Rheine, Alemanha; Halton, Reino Unido; Quint-Fonsegrives, França; e Penglai, China.
Leiria tem, ainda, acordos de cooperação e amizade com S. Filipe, Cabo Verde (1994); Tongling, China (1999); e Nampula, Moçambique (2002).