Os dois homens suspeitos de vários crimes, incluindo homicídio tentado, praticado com arma de fogo, na zona da Marinha Grande, distrito de Leiria, vão aguardar julgamento em prisão preventiva e proibidos de contactar familiares, anunciou hoje o Ministério Público.
De acordo com informação disponibilizada no sítio na internet da Procuradoria da República da Comarca de Leiria, os factos ocorreram no dia 20 de maio, “quando a vítima se encontrava apeada, na via pública”.
“Nessas circunstâncias, os dois arguidos, de comum acordo, formularam o propósito de matar a vítima, tendo um deles, para o efeito, efetuado um disparo com uma arma de fogo em direção à mesma, atingindo-a no abdómen”, refere a Procuradoria.
Depois, os suspeitos “entraram no veículo em que se faziam transportar e, ao passarem pela vítima, um deles efetuou mais dois disparos com a arma de fogo na sua direção, atingindo-a na perna direita, abandonando aqueles, logo a seguir, o local”.
“A vítima foi socorrida por terceiros e transportada para o hospital, onde foi submetida a uma cirurgia, apresentando lesões e ferimentos no abdómen e na perna direita”, esclarece a Procuradoria.
Na sexta-feira, em comunicado, a Polícia Judiciária (PJ) explicou que, “na sequência de distúrbios provocados pelos arguidos, em contenda familiar, foram disparados vários tiros contra um edifício e contra um homem de 47 anos de idade que correu perigo de vida”.
Segundo o mesmo comunicado, os arguidos, de 31 e 55 anos, deslocaram-se “para paradeiro incerto, não prestando qualquer socorro à vítima”.
A PJ adiantou que, através do Departamento de Investigação Criminal de Leiria, “foram realizadas buscas domiciliárias” e detidos os dois suspeitos, vendedores ambulantes de profissão, em cumprimento de mandados de detenção emitidos pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Leiria.
Fonte da PJ acrescentou à Lusa que os arguidos, detidos na Marinha Grande, são ainda suspeitos dos crimes de dano e detenção de arma proibida, precisando que dos disparos efetuados dois atingiram a vítima.
A Procuradoria da República da Comarca de Leiria esclarece que a investigação prossegue sob a direção do Ministério Público da 1.ª Secção do DIAP de Leiria, com a coadjuvação do Departamento de Investigação Criminal de Leiria da PJ.