O caldense João Almeida, 16.º classificado no contrarrelógio do ciclismo de estrada de Tóquio2020, disse hoje que a prova “muito dura” e adversários “num patamar acima” fizeram a diferença.
João Almeida, atual campeão luso da especialidade, foi o melhor representante português, ao terminar a 3.29 minutos do vencedor, na 16.ª posição, enquanto Nelson Oliveira acabou a 3.55, no 21.º lugar.
O esloveno Primoz Roglic, de 31 anos, cumpriu os 44,2 quilómetros em circuito em Fuji em 55.04 minutos, 1.01 minutos mais rápido do que o holandês Tom Dumoulin, que ficou com a prata – tal como no Rio2016 -, e 1.04 em relação ao australiano Rohan Dennis, medalha de bronze, apenas centésimos mais rápido do que o suíço Stefan Küng, de fora das medalhas por menos de um segundo.
“Foi um contrarrelógio muito duro, como esperávamos, em condições também muito duras. Não estive no meu melhor, mas estou satisfeito e já contente de estar aqui. É bom para aprender”, explicou o corredor da Deceuninck-QuickStep, o terceiro mais novo em prova aos 22 anos.
Segundo o jovem das Caldas da Rainha, não só as condições, mas também um arranque “um pouco forte demais” para o que a duração da prova pedia podem tê-lo prejudicado, mesmo que tenha encontrado adversários “num patamar acima”.
“Trouxeram um ritmo muito melhor. Tenho de continuar a trabalhar”, explicou.
Ainda assim, o balanço dos primeiros Jogos “é muito positivo” e espera agora estar em Paris2024, uma ambição que assumiu desde logo. “Agora já sou olímpico”, atirou.
Na prova de fundo, João Almeida tinha sido 13.º classificado, na estreia olímpica, e Nélson Oliveira conseguiu o 41.º posto. Na prova de contrarrelógio, Nélson Oliveira foi 21º classificado.