Um estudo sobre a saúde dos estudantes do Instituto Politécnico de Leiria (IPL) aponta para “altas taxas de prevalência” de consumo de álcool e conclui que viver com a família é “promotor” de práticas e comportamentos mais saudáveis.
“Quando afirmamos que têm uma alta taxa de prevalência não estamos a falar em quantidades de consumo de álcool, mas sim que grande número de estudantes bebem”, disse à agência Lusa uma das autoras do trabalho, Maria dos Anjos Dixe, esclarecendo que “são os mesmos resultados que estudos realizados noutros estabelecimentos de ensino demonstraram”.
O estudo, que resultou no livro “A saúde dos estudantes do ensino superior”, partiu de inquéritos a 1442 estudantes do IPL, com idades entre os 17 e 44 anos, e vai ser apresentado hoje.
Os inquéritos – 68,4 por cento dos quais efetuados a alunas – foram realizados em 2006 e 2007 em todas as escolas do IPL e pretenderam avaliar o estado de saúde, as necessidades, práticas e comportamentos determinantes para a saúde.
“Os resultados revelam que, de entre os 416 estudantes do sexo masculino e 813 do sexo feminino que referem ser sexualmente ativos, 47,1 por cento dos rapazes e 13,9 por cento das raparigas têm relações sexuais com parceiros ocasionais”, sustenta trabalho, acrescentando que “44,5 por cento dos rapazes e 20,2 por cento das raparigas têm relações sexuais sob o efeito de álcool e drogas”.
Acresce ainda que “31,3 por cento dos rapazes e 11,3 por cento das raparigas não tomam precauções para evitar a gravidez indesejada e, não tendo preservativos, não recusam uma relação sexual com uma pessoa desconhecida”.
O documento demonstra também que a maioria dos estudantes auto percecionou a sua saúde “como boa ou muito boa”, sendo que “17,1 por cento dos rapazes e 18,7 por cento das raparigas” assumiram ter uma doença crónica. As doenças respiratórias e a ansiedade são as mais referenciadas. Quase metade diz recorrer a serviços de saúde.
Segundo o estudo, “a maioria dos estudantes não faz as suas refeições em casa” e as raparigas são as que mais apresentam quantidades de colesterol acima do normal, o mesmo sucedendo relativamente ao perímetro abdominal, embora “a taxa de prevalência de pré-obesidade e obesidade” seja maior nos rapazes.
Dos estudantes avaliados, a maioria declarou “não utilizar medicamentos”, o que foi “uma surpresa agradável”, assinalou a docente na Escola Superior de Saúde do IPL, explicando que a informação “contraria outros estudos que apontavam para o consumo de ansiolíticos”.
Já em relação aos comportamentos determinantes de saúde, os resultados sugerem que são as alunas que têm práticas mais saudáveis e concluem que viver com a família é promotor de comportamentos desta índole.
“Há regras nos horários de refeições, as famílias deitam-se mais cedo e são sempre o suporte”, exemplificou a investigadora.
Em relação ao papel do IPL, os estudantes apontam a necessidade de melhorar a alimentação, incrementar a actividade física e promover o acesso aos serviços médicos, áreas em que, desde a data da elaboração do estudo, o instituto já evoluiu, sublinhou Maria dos Anjos Dixe.
A docente adiantou que o estudo nasceu da vontade do IPL e trata-se de um contributo “para uma escola mais saudável”.
Enólogo disse:
Fui estudante em Leiria, na altura era parvo e bebia porque sim.
Agora bebo…LIKE A BOSS!
Flávio disse:
@Quim: ahah.
Relativamente à notícia, lamento que o próprio título seja desmentido pela notícia…
Ao jornal, gostaria de colocar a seguinte questão: porque insistem tanto em denegrir a imagem dos estudantes? Não sei se se lembram que grande parte trabalhará por cá depois de terminar o curso, ou seja, serão "o futuro" da cidade…
Joaquim B. disse:
as estudantes têm o castrol alto? SCORE!
na uni já se sabe, o alcool é para ajudar à diversão.. e depois da uni, se o habito de beber continua.. é para afogar as magoas ahah.
"Acresce ainda que “31,3 por cento dos rapazes e 11,3 por cento das raparigas não tomam precauções para evitar a gravidez indesejada e, não tendo preservativos, não recusam uma relação sexual com uma pessoa desconhecida”."
30%?? tanto. é incrivel 😛
Estudante de Leiria disse:
Axo graça aos k as pessoas comentam neste tipo de noticias… mas enfim interpretar ñ é facil… Quando se afirma que têm uma alta taxa de prevalência não se esta a falar em quantidades de consumo de álcool, mas sim que grande número de estudantes bebem… normal… os professores bebem os advogados bebem os médicos bebem os enfermeiros bebem… por ai fora tb podiam publicar algo sobre isso…
A autora do estudo tb referiu que são os mesmos resultados que estudos realizados noutros estabelecimentos de ensino demonstraram».Ou seja ñ é só em Leiria, é uma realidade que se passa tb noutras academias do pais… Não sei porque sempre tanto ênfase para denegrir a imagem dos estudantes de Leiria…
Já pensaram como seria Leiria sem estudantes… pensem no mês de agosto… Leiria anda as moscas, agora imagem isso o tds os meses do ano… como iria afectar a economia da cidade, pois acho que as pessoas não tem consciência k Leira sem estuandes era mau… nos contribuímos para o desenvolvimento da cidade… ok, as vezes excedemos-nos pois acontece… mas e os miúdos do secundário que saem ao fds e tb se excedem… sobre isso ja não fazem noticias…
Anonymous disse:
Sound Yard Party no IPL, eish ke fdp de festa, a beber no meio da aula, tudo descalço e so de calçoes, e no fim ja umas 7 da manha foi tudo mandar um mergulho no Lis ahaha foi brutal msm! Noites dos estudantes de Leiria sao as melhores crl
Nuno Pedro disse:
Não é com surpresa que ao abrir o meu "Livro das caras" me depare com uma noticia publicada por este jornal a denegrir a imagem dos estudantes do ensino superior de Leiria, em especial os do IPLeiria. Apenas gostava de ter a capacidade de compreender qual a linha de pensamento das pessoas deste jornal e desta terra.
Ao fazer uma breve pesquisa nos tags desta mesma noticia, e muitos poucos artigos revelam algo positivo em relação aos estudantes do ensino superior o e ate mesmo do Instituto Politécnico, o que me leva a crer de uma maneira mais precipitada que estes não fazem nada de bom em Leiria, e que se estes não cá estivessem a cidade seria bem melhor. Num destes artigos encontrados através dos tags diz que o IPLeiria na primeira fase de colocações foi o quarto instituto politécnico do pais a nível de preenchimento de vagas no acesso ao ensino superior, o que pelo que me é demonstrado pelo histórico de artigos e pelo estudo referido neste artigo, toda esta gente está cá a mais e estaria certamente bem melhor em qualquer outra instituição. A este ponto permitam-me deixar os parabéns ao IPLeiria, estudantes da ESAD e a cidade das Caldas da Rainha por, e com base nos artigos deste mesmo jornal têm uma relação muito melhor a todos os níveis.
Quanto a estudo não me faz grande surpresa, elucidando-me apenas com a quantificação dos pontos estudados. Gosta ria de pedir aos autores do estudo e até mesmo ao RL que se dignassem a apresentar estudos realizados noutras academias do pais, o que certamente há feitos, pois pela realidade de algumas outras academias que conheço o caso da de Leiria não será, a meu ver, dito isto sem dados estatísticos, apenas por observação directa, o mais preocupante no panorama nacional.
Em Leiria são cometidos excessos, sem duvida, mas desvalorizo-os pois penso que será um pouco normal dada a média das idades dos estudantes que ingressão no ensino superior seja cada vez mais baixa, dado o maior numero de facilidades que existem para a entrada neste, o que motiva a um maior descontrole visto que muitos destes depara-se com uma súbita liberdade que não existia enquanto moravam nas suas terras natais. Note-se que os inquéritos que deram origem a este estudo foram realizados nos anos de 2006 e 2007, e que a realidade da vida boémia dos estudantes se alterou significativamente em relação à actualidade, mas é curioso que esta sendo cada vez mais calma agora é que se verificam movimentos de critica aos estudantes.
O estudo refere hábitos alimentares que não são adequados a uma vida saudável, estes podem em parte ser explicados pela existência de uma grande superfície comercial junto ao maior campus do IPLeiria, o que leva os alunos que têm possibilidades para tal, a recorrer aos serviços de restaurantes presentes nesta superfície, o que é sabido que os produtos fornecidos por estes não são os mais aconselháveis para uma dieta saudável. Uma explicação para os alunos recorrerem a este tipo de serviços é o decrescente nível de qualidade que as cantinas nos têm vindo a habituar.
Aproveito esta deixa para felicitar o agora Dr. Miguel Jerónimo pelo seu recente grau académico e dar os parabéns pelo trabalho desenvolvido, apesar das criticas às cantinas geridas pelos SAS.
Lamento que a cidade de Leiria adopte este tipo de pensamentos, que a meu ver a muito a tem prejudicado, e que levam muita gente, após concluir os seus estudos a tentar fugir desta cidade.
Queria também deixar à imaginação que quem teve coragem de ler esta opinião até aqui, e visto eu não o conseguir fazer, como será o dia-a-dia desta cidade sem os estudante de fora que cá residem e que para cá se deslocam diariamente.
Sousa disse:
Quando vejo este tipo de noticias pergunto-me, se é num âmbito meramente informativo que estas noticias são feitas ou se de alguma forma querem denegrir a imagem dos estudantes de Leiria?!?!
Mas sim é verdade que existem comportamentos de risco, mas será só em Leiria? Porque não fazem estes estudos a outros grupos da sociedade portuguesa?
Quanto a alimentação não ser a melhor, é natural, o tempo que muitos tem durante as épocas de Frequências/Exames não permite uma alimentação saudável e de qualidade, nem para dormir as vezes existe tempo…
Não são apenas os estudantes de Leiria que sustentam estes problemas.
Anónimo disse:
Os estudantes do IPL estão mal vistos porque querem !! Se tivessem alimentaões saudáveis e não adoptassem certos comportamentos de risco, podes ter a certeza que os estudantes do IPL ficariam muito bem vistos.
Por acaso a "fava" calhou-nos porque foi aqui que os estudo foi feito. Mas podia ter sido feito noutra universidade e de certeza que os resultados também não seriam muito mais animadores que os nossos.