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Cultura

“Sob a terra” está de regresso para agitar mentes em mais oito municípios

Sensibilizar para os incorretos usos do fogo e as más práticas agrícolas na floresta, pinhais e eucaliptais é o objetivo deste espetáculo.

Teatro, música, artes visuais e multimédia voltam a unir-se para dar vida à segunda digressão do espetáculo “Sob a terra”. E o objetivo é o mesmo: agitar consciências em relação “aos maus usos do fogo e das más práticas agrícolas na floresta, pinhais e eucaliptais”, frisa o encenador Frédéric da Cruz Pires.

Para mexer com as mentalidades, o consórcio artístico liderado pelo Leirena Teatro junta em palco uma grande máquina cénica com música ao vivo de Surma, desenho em tempo real do artista Nuno Viegas e sete atores num espetáculo de teatro físico baseado na técnica da máscara, presente na “forte caracterização do rosto dos atores”. Uma peça “bastante dinâmica” com “surpresa atrás de surpresa”, acrescenta.

No trabalho participam também a associação a9)))), a companhia Manipulartes, a cooperativa CCMais (Omnichord Records), com Casota e Collective e Surma, o dramaturgo Luís Mourão, entre outros parceiros.

Tal como em 2020, “Sob a terra” percorre municípios fustigados pelo fogo e que possuem uma “grande mata”, contando a história de uma aldeia onde é urgente mudar mentalidades.

“Há uma cena em que ocorre um incêndio e as pessoas estão na taberna a ver o fogo e comentam que foi provocado por mão criminosa. Mas depois vem-se a descobrir que afinal foi uma pessoa que fez mau uso de uma máquina agrícola”, conta Frédéric evidenciando o facto de a peça ser baseada em acontecimentos reais.

Este ano há, no entanto, uma diferença no evento: a inexistência da envolvência da comunidade local na peça, devido à pandemia.

O primeiro espetáculo da digressão de 2021 aconteceu ontem, dia 20, em Leiria e teve lotação esgotada. Seguem-se mais sete datas em diferentes municípios da região de Leiria.

Já hoje, há apresentação de “Sob a terra” às 21h30 na praça da República, em Porto de Mós. Apesar de as entradas serem gratuitas, é necessário fazer reserva através de iniciativas@municipio-portodemos.pt.

A digressão termina a 27 de agosto, passando amanhã pelo Festival Afonso Lopes Vieira, em São Pedro de Moel, no concelho da Marinha Grande. As reservas devem ser feitas através de protur.reservas@gmail.com.

Depois, “Sob a terra” vai a Ourém, Pombal, Ansião, Alvaiázere e Figueiró dos Vinhos. O espetáculo acontece sempre às 21h30. Mais informações sobre reservas podem ser consultadas aqui.

Terminada a digressão, a intenção do consórcio artístico é apresentar mais três espetáculos nos próximos meses já com a inclusão do documentário “Sob a terra, um processo criativo”, realizado por Álvaro Romão, e que será apresentado oficialmente a 13 de novembro no Teatro Miguel Franco.

Está também prevista para 2022 uma terceira “temporada” de “Sob a terra” a realizar noutros municípios fora do distrito de Leiria.

O encenador do Leirena adianta ainda que as digressões não vão ficar por aqui, sendo que há interesse do festival de teatro do Funchal em receber o espetáculo no próximo ano, bem como outros lugares que “já procuram ter uma prática junto da comunidade local no que diz respeito ao bom uso do fogo”.

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