Assinar

Subscreva!

Newsletters RL

Saber mais
Marinha Grande

Na guerra contra o mar “recuar” é muitas vezes o melhor remédio, reconhece vice-presidente da APA

Na Marinha Grande, na abertura do Congresso Internacional Ambiente e Sustentabilidade, Pimenta Machado revelou linhas mestras de uma espécie de PPR” do Litoral

Recuar vai ser, nalguns casos, a única solução possível para fazer face ao avanço do mar no litoral. Aliás “recuar” é uma das componentes da “espécie de PPR” para o Litoral que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) está a implementar, avançou esta manhã, na Marinha Grande, Pimenta Machado, vice-presidente da agência.

Na sessão de abertura do I Congresso Internacional Ambiente e Sustentabilidade, Pimenta Machado lembrou que a APA está apostada em Prevenção, Proteção e Recuo (PPR), reconhecendo que esta última componente é, por vezes, a única solução na “guerra” entre a faixa costeira e o mar.

Face aos riscos acrescidos com as alterações climáticas, “desenhamos uma espécie de PPR para o litoral”, anunciou o responsável.

“Acabar com a construção em áreas de risco” é a aposta que traduz a preocupação com a prevenção. O segundo “pê” deste PPR, explica o vice-presidente da APA, passa pela proteção, marcada pela “mudança de paradigma” que implica alimentar as praias com areia, ao invés das “obras de proteção pesadas” do passado.

Recuar é outra componente central da ação no litoral, referiu. “Nos Programas da orla costeira (POC) temos a figura de áreas críticas em que teremos de recuar”. “É muito difícil de fazer, mexe com a vida das pessoas, mas já o fizemos”, reconheceu o número dois da Agência Portuguesa do Ambiente.

Pimenta Machado lembrou os desafios a que está sujeito o litoral, com o impacto das alterações climáticas e o avanço do mar. Lembrou que cerca de 25% da zona litoral está sujeita à erosão costeira. “Entre 1950 e 2012 Portugal perdeu para o mar 12 quilómetros quadrados, o equivalente a 1.700 campos de futebol”, explicou.

“As alterações climáticas vão agravar os riscos de erosão costeira”, sublinhou, referindo que o “risco” é o tema central dos Planos de Orla Costeira, tendo sido o plano referente a Ovar e Marinha Grande o primeiro a ser aprovado.

Pimenta Machado lembra o trabalho feito no litoral nas últimas décadas de que resultaram “praias seguras e de qualidade”.

Organizado pela Oikos – Associação de Defesa do Ambiente e do Património da Região de Leiria e pelo município da Marinha Grande, o congresso decorre esta sexta-feira e amanhã, sábado, reunindo especialistas nacionais e estrangeiros que debatem questões relativas aos desafios do litoral.

Deixar um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Artigos relacionados

Subscreva!

Newsletters RL

Saber mais

Ao subscrever está a indicar que leu e compreendeu a nossa Política de Privacidade e Termos de uso.

Artigos de opinião relacionados