Por que motivo decidiu avançar com um movimento independente?
Porque muita gente veio falar comigo. Consideravam que eu era a pessoa indicada, que podia dar um empurrão ao desenvolvimento de Alvaiázere. Há uma saturação da situação vigente. Os partidos são sempre os mesmos: o PSD está ali praticamente desde o 25 de Abril e há um cansaço. Há pessoas que não têm espaço nos partidos e têm vontade de fazer alguma coisa. Não temos pressão partidária. Tivemos partidos que quiseram dar o apoio e recusámos.
Quais?
Não gostaria de o dizer.
Que medidas consideram prioritárias para o concelho?
O concelho perdeu o comboio há muitos anos. Há aquele modelo de zonas industriais que alguns seguiram à nossa volta. Devemos olhar para esse atraso do concelho e fazer disso uma mais-valia: é um terreno muito virgem em termos naturais. Isso, por um lado é bom, para um desenvolvimento alicerçado na natureza, na qualidade de vida que se pode ter. A pandemia permite-nos olhar para isso de outra forma. Queremos também explorar rotas religiosas.
O PSD ganha a câmara desde 1985. O que seria um bom resultado para o movimento?
Vencer as eleições. Colocar um vereador é um mau resultado. Mas lutamos com a questão do estigma partidário: o PSD convencia as pessoas menos letradas de que, se votassem na setinha iriam para o céu. É preciso acabar com o estigma do partido.