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Leiria

“Nem menos, nem mais, direitos iguais”. Na tarde chuvosa de Leiria irrompeu o arco-irís LGBTQIA+

Centenas saíram à rua contra a homofobia, a transfobia, o discurso do ódio e todas as formas de discriminação

Com participantes de vários escalões etários e proveniências, na tarde chuvosa de hoje na cidade do Lis, irrompeu um arco-íris humano, mobilizado pelo combate à homofobia, a transfobia, o discurso do ódio e todas as formas de discriminação.

Cerca de quatro centenas de pessoas marcharam esta tarde, em Leiria, pelos direitos LGBTQIA+.

“Nem menos, nem mais, direitos iguais”, “A nossa luta é todo o dia! Contra o racismo, machismo e transfobia!” são apenas algumas das palavras de ordem que ecoaram durante a marcha, relata a jornalista Martine Rainho, que está a acompanhar a iniciativa.

Esta iniciativa chegou a ser agendada para o ano passado, mas a pandemia acabou por adiar para hoje a primeira marcha pelos direitos LGBTQIA+ em Leiria.

A concentração ocorreu junto à Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) e os manifestantes rumaram ao centro da cidade. Já no Largo do Papa, é lido o manifesto que pode ser subscrito por quem entender.

“Lutamos para que ninguém tenha de se esconder e viver com vergonha de como é na verdade. Sabemos que, por vezes, em meios pequenos, a nossa presença choca, gera desconforto e confusão, levando várias pessoas jovens e adultas a viverem em segredo perante as suas famílias e, por vezes, a procurarem cidades ou países onde se sintam seguras em se assumirem”, adianta o documento.

O manifesto reforça que “enquanto a intolerância continuar presente, sair da norma será um ato de coragem”.

Na manifestação desta tarde decorrem algumas intervenções, abertas ao público, está igualmente agendado um momento musical com a atuação da artista leiriense, Inês.

Hélder Bértolo, presidente da direção da Opus Diversidades, reforçou a importância de dar visibilidade à comunidade LGBTI e enalteceu a realização da primeira marcha de Leiria por permitir essa visibilidade. “Porque a pior coisa que podem fazer é tornar-nos a todes invisíveis e quem é invisível não existe”, argumentou.

Intervenção de Hélder Bértolo, presidente da direção da Opus Diversidades (antiga Opus Gay)

Alexa Santos, que subiu ao palco em representação do Clube Safo, associação de defesa da mulheres lésbicas, contou três histórias de pessoas vítimas de discriminação e não aceitação devido à sua orientação sexual, incluindo a dela.

“Nós só estamos aqui porque nós existimos, porque estas histórias continuam a existir e porque nós continuamos a ter que dizer ao mundo que nós existimos. Nós continuamos a ter pais, mães, familiares que não nos aceitam mas também continuamos a ter uma sociedade inteira que continua a criticar-nos, a querer meter-nos em caixinhas, a querer dizer-nos quem nós somos sem nos aceitar. O Clube Safo existe há 25 anos e continua a precisar de existir”, frisou.

Intervenção de Alexa Santos, do Clube Safo

Notícia atualizada com o áudio de algumas intervenções


Secção de comentários

  • Maria Ines Sousa disse:

    Olha como tem apoio de todos os meios de comunicação, social,empresas Etc, como podem ver que ate fizeram fora da vossa data , mesmo assim a poblação precisa ter TOLERÂNCIA. VOCES TAMBÉM PRECISA. TOLERAR a todos os que tem pensamento diferente a vocês.Podem ter todos os apoios mas têm só o único apoio que nunca poderia ter, e estes são do caráter moral e os valores da familia .

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