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Associação resgata 19 animais de habitação em Caldas da Rainha

Associação das Caldas da Rainha continua à procura de novas famílias para os animais recolhidos.

Um a um, 15 cães e quatro gatos, foram retirados, ao longo de um mês e meio, de uma habitação no concelho de Caldas da Rainha, “sem as mínimas condições para animais e humanos”.

A “operação” teve início a 30 de julho, na sequência de um alerta que a Caldas da Rainha Associação Protectora dos Animais Abandonados (CRAPAA) recebeu a dar conta das condições em que os animais e os moradores daquela habitação viviam.

A associação deslocou-se ao local e encontrou “uma habitação com cerca de 26 animais, sem as mínimas condições para animais e para humanos”, explica, num comunicado enviado ao REGIÃO DE LEIRIA.

Neuza Quaresma, voluntária da associação, conta ao nosso jornal que “a quantidade de pulgas era imensa, os animais estavam todos feridos e havia alguns que já não tinham sequer pêlo de tanta pulga que tinham”.

Este foi, segundo a voluntária, um dos motivos que levou a CRAPAA a retirá-los “o mais rápido possível” da casa, uma vez que não se encontravam desparasitados ou vacinados.

Apesar do cenário encontrado, na moradia onde vivem três adultos – um casal e a filha, maior de idade -, a mesma fonte garante que não faltava comida aos animais.

“Havia muito amor e muito carinho dentro daquela casa para com os animais. Eles não são agressivos, têm medo porque estavam habituados a estar dentro da habitação e nunca vieram à rua, mas são muito meigos e muito sociáveis”, sublinha.

Os patudos terão sido resgatados da rua, levados para a casa, “por acumulação”, onde, por não estarem esterilizados, se foram reproduzindo até atingir o total de 26.

Até 21 de setembro, a associação deslocou-se várias vezes ao local e conseguiu resgatar 15 cães e quatro gatos. Dentro da casa permanecem dois cães e cinco gatos, que foram desparasitados interna e externamente pela associação, que deixou ainda ração.

“Nunca conseguimos entrar dentro da habitação, a família não disse que não, mas preferimos não entrar, porque o cheiro era horrível”, esclarece a voluntária, que assegura que a habitação não tem condições de habitabilidade.

Caso tratado como problema social

A situação desta família é conhecida das autoridades. Antes de avançar com a resgate dos animais, a associação das Caldas da Rainha reuniu com uma assistente da Segurança Social para se inteirar da situação.

Na nota enviada ao nosso jornal, a CRAPAA sublinha que “no espaço de um mês e meio conseguiu resolver este caso social, relativamente aos animais, mas cabe agora às outras entidades ajudar e acompanhar esta família”.

Alguns dos patudos retirados da habitação já encontraram novas famílias mas ainda falta encontrar um novo tecto para nove cães e três gatos, todos adultos.

A veterinária municipal ter-se-á comprometido, junto da associação, a vacinar, esterilizar e colocar microchip em todos os animais resgatados.

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