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Ambiente

Estudantes de Leiria e Caldas da Rainha voltam hoje a sair à rua em mais uma greve climática

Entre as medidas reclamadas, o ‘Fridays for Future’ quer manter o aumento da temperatura global 1,5˚C abaixo dos níveis pré-industriais, assegurar a justiça e equidade climáticas e ouvir a ciência.

Protesto chegou a Leiria em 2019 Foto de arquivo: Joaquim Dâmaso

O movimento ambientalista ‘Fridays for Future’ convocou para hoje, 22 de outubro, mais uma nova greve climática estudantil com cerca de 1.500 ações em vários pontos do mundo, incluindo protestos em nove localidades portuguesas. No distrito, há ações marcadas para Caldas da Rainha e Leiria.

Com o objetivo de pressionar os decisores políticos a agir face às alterações climáticas, estudantes de todo o mundo voltam a fazer greve às aulas, num movimento que começou em 2018 com a jovem ativista sueca Greta Thunberg.

Em Portugal, além de Leiria e Caldas da Rainha, estão marcadas ações para Alcácer do Sal, Algarve, Braga, Guimarães, Lisboa, Porto e Santarém.

Em 2018, a ativista Greta Thunberg impulsionou as greves estudantis ao faltar durante várias semanas às aulas para protestar contra a falta de ação climática em frente ao parlamento sueco, local onde regressa agora para a manifestação de hoje.

A última greve climática global realizou-se em 24 de setembro e juntou cerca de 800 mil pessoas em mais de 1.500 cidades, segundo o balanço do ‘Fridays for Future’.

Na página do movimento global que promove as iniciativas, o ‘Fridays for Future’ escreve que os estudantes não têm outra escolha: “Estamos a lutar pelo nosso futuro e pelo futuro dos nossos filhos. Fazemos greve porque ainda há tempo para mudar, mas o tempo é essencial”.

O objetivo é unir as pessoas em torno da ciência e pressionar os decisores políticos a fazê-lo também e a agir em função da evidência científica.

Entre as medidas reclamadas, o ‘Fridays for Future’ quer manter o aumento da temperatura global 1,5˚C abaixo dos níveis pré-industriais, assegurar a justiça e equidade climáticas e ouvir a ciência.

A organização que promove os protestos em Portugal, a Greve Climática Estudantil, culpa o “sistema sociopolítico atual, de exploração e opressão e baseado no mito de que é possível ter um crescimento económico infinito num planeta com recursos finitos”.

Em comunicado, o movimento defende que “não basta cortar emissões, é necessária uma abordagem sistémica e aos valores sociais contemporâneos, sendo necessário que esta crise seja tratada como um eixo central na política”.

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