Faz sentido, hoje em dia, ler um poema épico com dois mil anos? Carlos André e a Quetzal acreditam que sim e até consideram obrigatório. Por isso, a editora convidou o professor e investigador de Leiria para uma missão no mínimo arriscada: adaptar “Eneida”, que Virgílio escreveu no século I a.C., para prosa, facilitando a compreensão e, consequentemente, incentivar a leitura.
“Eu fiz aqui um ‘crime’, mas desse ‘crime’ é cúmplice Francisco José Viegas [editor da Quetzal]. Foi ele que me levou a cometer o ‘crime”’, “confessou” Carlos André na sessão de apresentação de “Eneida de Virgílio – Adaptada para jovens”, na livraria Arquivo. Com vasta obra de tradução na literatura latina (Cícero, Séneca, Ovídio), Carlos André volta agora a Virgílio, que já lhe permitira a maior realização enquanto escritor: traduzir “Eneida”, o primeiro dos livros da sua vida e “um dos maiores do mundo ocidental”.
Dois mil anos depois nasce em Leiria uma versão de “Eneida” para chegar a todos
A partir de Leiria e do entendimento de Carlos André nasce uma adaptação do clássico de Virgílio onde sobressai a aventura de uma das mais famosas e trágicas histórias de amor da literatura.