A GNR constituiu ontem, quarta-feira, arguida uma mulher de 59 anos, em Leiria, por crimes de burla de empréstimos pessoais através da Internet, no âmbito de um processo que conta com mais sete arguidos, foi hoje anunciado.
Em comunicado hoje divulgado, a GNR de Vieira do Minho, no distrito de Braga, refere que a investigação permitiu, até ao momento, identificar mais de uma dezena de colaboradores no esquema criminoso que envolve “inúmeras transferências de dinheiro” em mais de 10 países da Europa, África e América do Sul, no intuito de iludir o controlo e fiscalização das autoridades.
No decurso do processo que decorre desde fevereiro, a GNR apurou que duas mulheres foram aliciadas por um anúncio na rede social Facebook para efetuar diversas transferências bancárias com vista à contratualização de um empréstimo bancário.
Segundo a GNR, “para credibilizar a burla, as vítimas receberam inclusivamente um contrato do empréstimo a conceder. Foi possível apurar-se ainda que, depois de realizarem transferências no valor total de cerca de 3.500 euros, nunca receberam a quantia acordada”.
No decorrer da investigação apurou-se ainda a existência de mais duas outras burlas, concretizadas respetivamente em março e julho.
No seguimento da investigação, os militares da Guarda realizaram uma busca domiciliária em Leiria, tendo constituído arguida a mulher de 59 anos e apreendido diverso material informático, bem como diversos documentos relacionados com o ilícito criminal.
A operação contou com o reforço da estrutura de investigação criminal de Braga, do Comando Territorial de Leiria e com o apoio da Polícia de Segurança Pública (PSP).
Os factos foram remetidos ao Tribunal Judicial da Póvoa de Lanhoso, no distrito de Braga.