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Cultura

Jornadas Internacionais nascem para levar a identidade etnográfica de Leiria mais longe

Especialistas internacionais e nacionais têm encontro marcado para o Freixial este sábado, na primeira edição da iniciativa municipal que se pretende que aconteça anualmente.

Rancho do Freixial

Levar mais longe a identidade etnográfica da região é o objetivo das Jornadas Internacionais de Etnografia de Leiria (JIEL), que acontecem pela primeira vez este sábado, dia 20. Pelo auditório do Museu Etnográfico do Freixial, no Arrabal, passam especialistas do México, Brasil, Grécia, Chile e, claro, Portugal, no arranque da aposta do município de Leiria para levar mais longe o estudo, conhecimento e difusão da tradição popular.

“O concelho de Leiria é muito forte etnograficamente. Possui vinte ranchos de folclore, vários grupos de música tradicional e diversos núcleos etnográficos como o Agromuseu, o Museu do Freixial, a Casa da Magueigia, entre outros existentes e alguns em desenvolvimento”, nota Adélio Amaro, consultor para a cultura popular do município. As JIEL surgem, assim, “para que as pessoas envolvidas nestas instituições, sejam elas de Leiria ou de fora, possam trocaram experiências perante temas variados”, contribuindo para “continuar a desenvolver a identidade etnográfica da região”.

O programa contempla comunicações sobre realidades mexicana, paraguaia, açoriana ou mirandesa, procurando a partilha de práticas e filosofias de pesquisa e recolha. Adélio Amaro espera que as JIEL se assumam como “uma boa jornada de trabalho”, dirigida “não só aos grupos de folclore, mas a todos os que gostam e trabalham na área antropológica”.

A partir desta primeira edição, a intenção é realizar as JIEL todos os anos, avança, “sempre nas freguesias mais rurais”, descentralizando a oferta e potenciando mais-valias associativas ou patrimoniais que existem no território. Por outro lado, as jornadas são uma forma de comunicar para fora que “Leiria também tem boas experiências e excelentes projetos”, a par do “saber-fazer e todas as vertentes relacionadas com o património, seja ele material ou imaterial”, sublinha o coordenador do evento.

Os trabalhos começam às 9h30 deste sábado, prolongando-se até às 17h30. Entre os convidados estão a cantadora Isabel Silvestre, o etnomusicólogo José Alberto Sardinha, o compositor Rafael Carvalho e o fundador do Festival de Intercéltico de Sendim, Mário Correia.

As jornadas podem ser seguidas aqui:

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