O município de Porto de Mós promove, de 11 a 26 de dezembro, a primeira edição do Festival Gastronómico do Bacalhau, que vai decorrer nos restaurantes aderentes do concelho.
“A realização deste festival tem o objetivo de valorizar e divulgar o bacalhau, tão tradicional da gastronomia portuguesa, mas também da época natalícia”, refere uma nota de imprensa da câmara municipal.
Por outro lado, pretende promover “a culinária como património cultural e os estabelecimentos de restauração locais como espaços de degustação e valorização dos sabores e saberes tradicionais”.
Grandes consumidores
Os portugueses comeram entre quatro e cinco mil toneladas de bacalhau na última consoada, 30% do consumo total, um número que não foi impactado pela pandemia, adiantou o Conselho Norueguês dos Produtos do Mar.
“O consumo de bacalhau da Noruega na época natalícia representa 30% do total anual, estimando-se que na noite de consoada foram consumidas entre quatro a cinco mil toneladas de bacalhau em Portugal”, apontou o diretor para Portugal do Conselho Norueguês dos Produtos do Mar (NSC), Johnny Thomassen.
Já no que se refere à origem, 70% de todo o bacalhau consumido em Portugal vem da Noruega.
No total, Portugal é responsável por 20% do consumo de bacalhau no mundo, posicionando-se assim como o mercado que mais prefere este peixe.
No ano passado, a concorrência entre as grandes superfícies levou a uma descida dos preços deste pescado em comparação com o ano anterior, à semelhança do que também aconteceu na Noruega, mas o consumo doméstico deverá manter-se ou subir.
“O bacalhau demolhado ultracongelado representa 20% do mercado e o bacalhau seco salgado os restantes 80%.
O mercado de bacalhau demolhado ultracongelado cresceu 8% entre setembro de 2019 e setembro de 2020, enquanto o bacalhau seco salgado se mantém relativamente estável, com uma ligeira diminuição de 1%”, referiu o NSC.