Mariana Simões e Matilde Tarenta, alunas da Secundária Engº Acácio Calazans Duarte, da Marinha Grande, conquistaram o 2º prémio nacional no 29º Concurso Nacional Para Jovens Cientistas, organizado pela Fundação da Juventude com a Ciência Viva.
Além do prémio de mil euros, a distinção vai levá-las em maio até Atlanta, nos Estados Unidos da América, para participar na Feira Internacional de Ciências e Engenharia Regeneron com o projeto “Biorremediação ex situ de água proveniente da Lagoa da Ervedeira: Utilização de Chlorella vulgaris”.
Com orientação do professor Rui Fernandes, as jovens estudaram o possível recurso “a técnicas de biorremediação, como a ficorremediação – um processo que utiliza algas, que assimilam nutrientes” – para aplicar na Lagoa da Ervedeira, em Leiria, “célebre pelo seu estado eutrófico nos meses de verão”.
Para o efeito, utilizaram a “microalga verde C. vulgaris imobilizada em alginato de cálcio e amostras de água da Lagoa, posteriormente enriquecidas com meio de cultivo BBM2N” e monitorizaram “a concentração de nitratos, nitritos, fosfatos, pH, temperatura na água e a densidade celular (início e fim), durante 12 dias”.
No ensaio, concluíram, pela remoção de nutrientes por parte da microalga, e aumento da respetiva densidade, que “esta técnica poderá enquadrar-se nas estratégias de limpeza e gestão ecoeficientes da Lagoa”.
A apresentação do projeto, desenvolvido na área da Biologia, e a atribuição dos prémios aconteceram nos dias 23 e 24 de novembro, Dia Mundial da Ciência, na 15ª Mostra Nacional de Ciência que decorreu em formato online.
Outro projeto vencedor foi apresentado por Filipa Dinis, Luana Silva e Marta Pinhal, alunas do 11ºB da Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, em Leiria, que arrecadaram o 5º prémio na área de Ciências Sociais, no valor de 400 euros, e vão representar Portugal no evento Zientzia Azoka (feira da ciência) a realizar em Bilbao, Espanha, também em maio.
O projeto “O ano de Francisco Rodrigues Lobo: Quando a poesia e a ciência se encontram”, coordenado pela professora Isabel Vieira, tem por objetivo “refletir sobre a estrutura das biocenoses nos tempos de Rodrigues Lobo e hoje, o tempo dos nómadas digitais, refugiados da pandemia”, em que “o bucolismo continua vivo” mas “a mão destruidora do Homem está em todo o lado”.
No total apresentaram-se a concurso 124 jovens cientistas, com 52 projetos coordenados por 37 professores, tendo sido distinguidos os dois apresentados a concurso por escolas da região de Leiria. O júri do concurso foi presidido por
Raquel Seruca, Investigadora no Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto.
O primeiro prémio, no valor de 1.250 euros foi atribuído na área da Matemática ao projeto “Da aproximação experimental à ordem de grandeza da probabilidade teórica”, da autoria de Tiago Tavares, José Santos e Pedro Oliveira, do Agrupamento de Escolas Dr. Serafim Leite, de S. João da Madeira.