Nem na rotunda nem na “meia-lua” vizinha. O monumento ao Vidreiro, atualmente a ser alvo de trabalhos de restauro, não vai estar na cidade da Marinha Grande a tempo de ser o motivo da usual romagem comemorativa do 18 de Janeiro de 1934, data da revolução operária na cidade do vidro.
A polémica em torno da nova localização do monumento, que a maioria +MPM e PS do atual executivo confirmou recentemente ser o largo em forma de meia-lua junto à rotunda do Vidreiro, ainda não esmoreceu e já um novo percalço se acrescenta.
É que o monumento não vai estar restaurado a tempo das comemorações da revolta operária, a 18 de janeiro. Ana Monteiro, vice-presidente da Câmara da Marinha Grande, revelou-o na última segunda-feira: “A má notícia é que no dia 18 não temos o monumento pronto”.
Aos vereadores do executivo, na reunião de segunda-feira, dia 6, a número dois da maioria que lidera a câmara adiantou que “foi decidido notificar a empresa [responsável pelo restauro do monumento] por incumprimento do prazo”. Ana Monteiro adiantou ter reunido com a empresa que não consegue adiantar uma data para a conclusão da intervenção.
Entretanto, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Vidreira já se manifestou contrário à mudança de local do monumento. Em nota à comunicação social, Etelvina Rosa, da direção do sindicato, lembra a tomada de posição aprovada dia 26 em que “manifesta a sua total discordância da decisão de retirar o Monumento ao 18 de Janeiro do centro da Rotunda do Vidreiro”.
“A Direção do STIV tudo fará para que o Monumento ao Vidreiro permaneça no local emblemático onde sempre esteve e deve continuar a estar”, reforça. Propõe, ainda assim, que “em 2024 (data da comemoração dos 90 anos) seja inaugurado um memorial com todos os nomes dos participantes e que a sua localização seja na meia-lua junto ao parque”.
