Pela primeira vez, desde que existem eleições livres em Portugal, o distrito de Leiria despe as vestes laranja e traja-se de rosa, elegendo mais deputados do Partido Socialista do que do Partido Social Democrata.
Nestas legislativas, o PSD até conquistou mais votos do que em 2019 – 34,68% contra 33,52% – contudo, a percentagem não se revelou suficiente para cumprir o objetivo mínimo de manter o número de deputados. Em 2019, colocou cinco no Parlamento. Nestas eleições coloca quatro: Paulo Mota Pinto, Hugo Oliveira, Olga Silvestre e João Manuel Marques.
Ao final da noite, em declarações à comunicação social, Hugo Oliveira, líder da distrital do PSD e número dois da lista de candidatos à Assembleia da República, assumiu a derrota e afirmou que o partido deve fazer “uma reflexão interna” sobre o que aconteceu nestas eleições.
“No distrito de Leiria não me lembro de termos uma derrota assim, mas resulta muito do que é a onda nacional, basta olhar para o mapa e ele é totalmente cor-de-rosa”, referiu.
Para Hugo Oliveira, a derrota do PSD deve-se a um erro de comunicação com os eleitores. “Não conseguimos transmitir à população o que queremos para o país”, afirmou, defendendo que, quando assim é, “os partidos devem olhar para dentro, perceber o que têm de mudar, adaptar-se à sociedade e perceber onde estão a falhar na sua forma de comunicar com a população”.
Admitiu que o mau resultado do PSD no distrito o surpreendeu, mas rejeitou a ideia de que se tratou de um erro na escolha dos nomes que constituíram a lista por Leiria.