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Pombal

Falta de médicos na região de Sicó é recorrente e preocupa autarcas

A vice-presidente do município de Pombal adiantou que o executivo já está a trabalhar na reorganização dos cuidados de saúde primários.

A constante falta de médicos na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de Sicó, que abrange as freguesias de Albergaria dos Doze, Abiul, Carnide, Meirinhas, Santiago de Litém, Vermoil e Vila Cã, está a preocupar os autarcas da região.

Na reunião do executivo de 19 de janeiro, a vice-presidente de Pombal, Isabel Marto, informou que o problema “não está numa má gestão central”. “Existe a efetiva colocação de médicos, o que acontece é que não há atratividade no território para assegurar a sua fixação”, esclareceu.

A vice-presidente adiantou que o executivo já está a trabalhar na reorganização dos cuidados de saúde primários e que pretende “criar novas unidades de saúde com um modelo mais atrativo para os médicos”. Na mesma reunião, o vereador da oposição Luís Simões propôs “programas de incentivo para a fixação destes profissionais”.

A coordenadora da UCSP de Sicó, Cristina Antunes, confirma que “a carência de recursos humanos é transversal a vários polos”, como os de Albergaria dos Doze, Vila Cã e Vermoil, que não têm médicos há vários meses, “por motivo de doença e de licença de parentalidade”. Contudo, garante que existe a assistência necessária, através de escalas de substituição, que são asseguradas pelos médicos da unidade.”

A falta de médico no polo de Albergaria dos Doze, desde outubro, levou a população a realizar uma petição pública, em dezembro, endereçada à ministra da Saúde. O presidente da União de Freguesias de Santiago, São Simão e Albergaria dos Doze, Manuel Henriques, lamenta “a falta de contratos de substituição para estas baixas” e afirma que compreende “os utentes que deixaram de ter um médico próximo da sua residência”. “Estamos a falar de uma área territorial sem transportes e de uma população envelhecida”, sublinha.

Cristina Antunes informa que, atualmente, “existem duas médicas no polo de Santiago de Litém, para os 4.300 utentes destas freguesias e que, em Albergaria dos Doze, têm havido consultas de substituição, todas as semanas”. “Não é a resposta ideal, é a possível”, afirma a coordenadora.

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