Quatro jovens suspeitos de terem roubado e agredido o cliente de uma discoteca em Leiria, vão ter de se apresentar diariamente às autoridades por decisão do tribunal. Tudo se passou na última sexta-feira, em Leiria.
Os suspeitos, três do sexo masculino e um do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 16 e os 24 anos, estão indiciados da prática de um crime de roubo no dia 18 deste mês.
Tudo se passou dia 18, “após a vítima ter saído de uma discoteca, no concelho de Leiria”, aponta a nota da Procuradoria.
A vítima do grupo foi perseguida e agredida depois de sair da discoteca. Em concreto, relata a nota hoje divulgada, a vítima foi “perseguida e abordada pelos arguidos, os quais, em conjugação de esforços, lhe desferiram pontapés no corpo e murros na zona da cabeça”.
Desta forma, os jovens conseguiram “retirar-lhe o telemóvel e a carteira, contendo um cartão bancário e 50 euros em dinheiro”.
Os quatro suspeitos “levaram com eles os bens da vítima” e abandonaram o local, mas acabaram por ser intercetados pela PSP de Leiria ainda na madrugada desse dia.
A vítima acabou por ser “transportada por terceiros para o hospital, onde foi assistida”.
De acordo com a informação avançada pela Procuradoria da Comarca de Leiria, o Ministério Público apresentou a interrogatório judicial, esta segunda-feira, dia 21, os “quatro arguidos não detidos”, suspeitos de roubo.
O juiz determinou que os suspeitos vão aguardar o desenrolar do processo com a obrigatoriedade de se apresentarem diariamente às autoridades, estando proibidos de se contactarem entre si e com a vítima.
Na sexta-feira, a PSP anunciou ter intercetado os jovens após roubo e agressões a um militar do Exército, de 20 anos.
Em comunicado, o Comando Distrital de Leiria da PSP explicou que, pelas 05:00, a interceção ocorreu após “deteção no sistema de videovigilância monitorizado pela PSP que um incidente de contornos violentos ocorria na cidade”.
“Através das câmaras instaladas foi possível circunscrever a área onde os suspeitos se poderiam encontrar, dado que os mesmos dispersaram após o incidente, resultando a sua interceção de um esforço conjunto dos meios policiais no terreno com orientação dos colegas que procediam ao visionamento do sistema de videovigilância”, declarou a PSP.
Aos suspeitos, alguns dos quais com antecedentes criminais – dois são residentes em Leiria e os outros dois na Área Metropolitana de Lisboa -, foram recuperados os bens roubados.
À agência Lusa, o comissário André Antunes disse nesse dia que o militar, embora não correndo risco de vida, “sofreu agressões violentas”.
Sobre os arguidos com antecedentes criminais, o comissário esclareceu que é no “âmbito da criminalidade violenta e grave”, e destacou a mais-valia do sistema de videovigilância da cidade de Leiria para “efeitos de prevenção e repressão da criminalidade”.