A intervenção na estrada romana, em Porto de Mós, era considerada urgente para evitar a sua degradação e foi isso que aconteceu nos últimos meses naquele troço que terá sido usada pelas tropas portuguesas nas vésperas da Batalha de Aljubarrota.
Ontem, a obra de requalificação e restauro da via romana, na freguesia de Alqueidão da Serra, mereceu a visita da diretora regional de Cultura do Centro, Susana Menezes, e do autarca de Porto de Mós, Jorge Vala, uma oportunidade que serviu para assinalar o fim da intervenção ali realizada.
A estrada romana “acusava um processo de degradação acelerado” e a “emergência de investir neste monumento classificado como Imóvel de Interesse Público era, desde o início do século, por demais evidente”, refere a autarquia em comunicado.
A intervenção, que teve a duração de 90 dias e um custo aproximado de 28 mil euros, já tinha sido anunciada em 2019, mas não se chegou a concretizar.
Os trabalhos realizados procuraram realizar “o reforço da estrutura da via e no restauro de partes do troço, onde o processo de erosão era mais evidente, colocando em risco a integridade do monumento. Esta operação, permitiu ainda a identificação do método de construção e a datação mais exata da via, assim como a realização de um relatório técnico”, refere o mesmo comunicado.
No início do ano, o presidente da Junta de freguesia de Alqueidão da Serra denunciou, em Assembleia Municipal, que o trilho da estrada romana era, com frequência, destino de resíduos de obras de construção civil.
Segundo Suzana Menezes, em comunicado, “o caminho para a preservação do património é um trabalho em contínuo, da responsabilidade de todos e o garante de que o interesse patrimonial, histórico e turístico é assegurado”.
O restauro da estrada romana é um dos trabalhos de preservação do património que o executivo tem realizado nos últimos anos, uma estratégia de requalificação que se irá estender em breve à O restauro da Via Romana é resultado de uma estratégia que visa a preservação do património, encetada por este executivo desde 2018. O Castelo de Porto de Mós, a Igreja de São João, o Posto de Turismo, a Central Termoelétrica, o antigo Centro de Atividades ao Ar Livre de Alvados, a talha dourada da antiga Igreja de Mira de Aire, a Fonte do Castelo ou a Ermida de Santo António, são outros exemplos de requalificação. Este é um projeto continuado que, segundo Jorge Vala, se estenderá em breve à Casa dos Calados, Igreja de São Miguel, Edifício dos Paços do Concelho ou à antiga Igreja do Arrimal.