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Bossa nova, harpas celtas e uma festa allegro e molto vivace no retorno à normalidade do Música em Leiria

A 40ª edição do festival chega com 16 espetáculos na programação principal. A música (e dança) chegam a Leiria, mas também à Batalha, Porto de Mós, Pombal e Marinha Grande. O primeiro momento é já dia 13, com “Segunda 2”, da Companhia Paulo Ribeiro, no Teatro José Lúcio da Silva.

Quarteto do Rio chega do Brasil para um concerto em Leiria com a Filarmonia das Beiras

A pandemia abanou mas não parou o festival Música em Leiria. No último par de anos, os espetáculos dispersaram-se pelo calendário, sempre que as condições sanitárias permitiam. Essa resistência veio reforçar o festival organizado pelo Orfeão de Leiria como “provavelmente o mais antigo do país” sem interrupções, destaca o diretor artístico. “Há outros festivais [em Portugal] com alguma tradição, mas em alguma altura tiveram interrupções. O que não acontece aqui: nem em 2020 deixou de haver festival”, orgulha-se António Vassalo Lourenço, a dias de dar início à 40ª edição do Música em Leiria.

Em quatro décadas, desde 1982, o festival marcou o panorama cultural da região e do país com mais de mil concertos e espetáculos, que levaram acima de 200 grupos e artistas estrangeiros e 1.500 nacionais a salas, auditórios, museus, igrejas e praças de Leiria e dos municípios vizinhos.

Assim, é natural a expectativa para esta edição, em que além de uma efeméride importante, o Música em Leiria procura “voltar à normalidade”, sem “a insegurança e imprevisibilidade” dos últimos anos”. “Daí termos voltado a uma programação mais concentrada, ao formato que o festival sempre teve, exceto nos últimos dois anos”, explicou Vassalo Lourenço na apresentação da programação, que arranca a 13 de março e fecha a 23 e abril, estendendo-se pontualmente para lá desse período. Ao todo são 16 espetáculos, alguns apresentados em mais do que um concelho.

Entre os destaques desta 40ª edição – cujo lançamento, na sexta-feira, incluiu a interpretação da 40ª de Mozart, pela Filarmonia das Beiras, dirigida por Renata Oliveira -, há várias participações internacionais importantes.

Desde logo, a há muito prometida vinda do Quarteto do Rio, herdeiro do histórico grupo brasileiro “Os Cariocas”. Será com música popular brasileira e bossa nova que a programação central encerra, a 23 de abril, no Teatro José Lúcio da Silva, com uma particularidade: a Orquestra Filarmonia das Beiras vai atuar com o Quarteto do Rio. “Será muito especial”, antecipa o maestro António Vassalo Lourenço.

Há muito por onde escolher neste Música em Leiria, mas ficam outros dois destaques: Yllana, a companhia espanhola que tem divertido Leiria nas últimas edições do festival, regressa com um espetáculo allegro e molto vivace inspirado em Pagagnini; e em julho, o festival leva as harpas célticas das galegas Lulavai até Pombal.

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