Nas ruas da cidade, nos cafés, nas salas de espetáculo, no castelo ou na Arquivo, a poesia chega a muitos recantos de Leiria nos próximos dias, na quarta edição de Ronda Leiria Poetry Festival.
Entre 22 e 25 de abril, estão previstas quase oitenta atividades que cruzam poesia com a música, a dança e o teatro. Há muito para ver, ouvir e sentir, por isso sugerimos um roteiro possível por entre o que acontece, a começar pela sessão de abertura, amanhã, sexta-feira (17 horas): na livraria Arquivo, juntam-se à mesa para conversar sobre poesia e fado, arte e liberdade, a fadista Aldina Duarte e a editora e poeta Maria do Rosário Pedreira, que mantêm uma parceria desde o álbum “Conto de Fadas” (2011) ao recém-lançado “Tudo recomeça”.
Mais tarde, às 19 horas, a Biblioteca de Leiria recebe Nuno Júdice, que assinala este ano meio século sobre a edição do primeiro livro. Às 23 horas, o coletivo Luz Clandestina junta-se à companhia Corpo para um momento de celebração da poesia através da música, da dança e da palavra no Centro Cívico.
No sábado, a poesia sai à rua e vagueia pela Praça Rodrigues Lobo e pela travessa do Teatro Miguel Franco na voz dos grupos de teatro “O Gato” e TASE. Pelas 15h30, o poeta peruano Alfredo Pérez Alencart estreia em Portugal, na Biblioteca de Leiria, duas obras com edição portuguesa. E, às 17 horas, é lançada no Castelo a quinta edição da revista “Acanto”.
Ao final da tarde, há concerto do Poetry Ensemble, que vai revisitar poetas que escreveram contra a opressão (às 19h30 na livraria Arquivo) e do Quarteto do Rio, que se junta à Orquestra Filarmonia das Beiras para homenagear músicas populares brasileiras, nomeadamente do poeta Chico Buarque. Às 21h30 no Teatro José Lúcio da Silva.
O terceiro dia da festa da poesia começa às 10 horas de domingo com oficina de escrita poética, por Carla Veríssimo: os participantes são desafiados a deixar fluir a criatividade enquanto deambulam pelo Castelo de Leiria (necessária inscrição prévia). À tarde (16 horas), será abordada a obra poética de Manuel Alegre, na Igreja da Misericórdia.
A dança chega às 21h30 ao Teatro José Lúcio da Silva com “A nova bailarina”, espetáculo coreografado por Aldara Bizarro em que o público é convidado a tomar decisões de cidadania (bilhetes: 7,50 euros).
Na segunda-feira, dia 25, o Centro Cívico acolhe a última mesa do festival, em que quatro poetas discutem as novas liberdades (10 horas). A Revolução dos Cravos é ainda assinalada com declamação de poemas sobre liberdade por David Teles Ferreira, no Praça Caffé e Espaço Eça (11 horas). Haverá ainda sessão solene no Teatro Miguel Franco (16 horas).
O festival encerra com uma viagem por seis temas de Zeca Afonso interpretados pelos UHF. É às 21h30 de segunda-feira, no Teatro José Lúcio da Silva (15 euros). O programa integral pode ser consultado online aqui.