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Ouro creme: chineses rendidos à pedra da serra de Aire

No ano passado, as exportações do sector para a China avançaram 50% – a nível nacional – e em Porto de Mós há quem dê graças à ponte que se abriu

Esqueçam os jogos do Sporting e as comissões nos museus, hotéis, restaurantes. Afinal, o que eles querem mesmo é pedra, nomeadamente o calcário das serras de Aire e Candeeiros. No ano passado, as exportações do sector para a China avançaram 50% – a nível nacional – e em Porto de Mós há quem dê graças à ponte que se abriu entre as empresas da região e a segunda maior economia do mundo. “Se não fossem os chineses, não sei como estaríamos”, conclui Licínio Cordeiro, gerente da Airemármores, que fica na freguesia de S. Bento.

O presidente da Assimagra – Associação Portuguesa de Mármores, Granitos e ramos afins chama-lhe o ouro creme. E, aparentemente, os chineses não resistem às melhores pedras preciosas. “Os calcários da serra de Aire são extraordinários, têm uma beleza própria e são exportados para todo o mundo”, salienta Manuel Simões, confirmando que “nos últimos anos a China tem sido muito importante para a Serra de Aire”, à semelhança do que acontece noutras zonas extractivas do país. Os números impressionam: a China está a comprar 80% da produção de seis ou sete variedades de calcário em exploração em Portugal e a mercadoria valorizou 800%.

Mais informação na edição em papel de 8 de Abril de 2011

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