Contribuir para o reconhecimento da importância de pessoas específicas na preservação e transmissão do Património Imaterial para as gerações futuras foi o propósito que levou à criação do programa “Living Human Tresures” pela UNESCO, há quase 30 anos. Quando passam três décadas sobre a fundação da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (ESAD.CR), a escola do Politécnico de Leiria inspirou-se nessa ideia para o programa da exposição “Same hands”, pensada para a 60º edição do Salone Satellite, feira que começou terça-feira, 7 de junho, e decorre até dia 12 em Milão, Itália.
“Nesta exposição, especialmente organizada para o Salone Satellite 2022, centramos a apresentação na seleção das pessoas que desenvolveram estes objetos mostrando como várias gerações se fundem numa só”, explica-se no site da ESAD.CR.
Trinta anos depois, a ideia do programa da UNESCO “mantém toda a sua relevância e atualidade”, surgindo como “mote perfeito para esta exposição”, porque “as mãos dos antigos artesãos são as mesmas que as dos novos designers”. Além disso, “algumas das preocupações atuais permanecem as mesmas” de quando foi criado “Living Human Treasures”, como “conseguir uma vida digna e um trabalho que gere autonomia e orgulho”. Por outro lado, nota a ESAD.CR, “outras mudaram na tentativa de responder aos desafios dos tempos”, como a necessidade de tornar a produção global mais sustentável.
Os responsáveis da ESAD.CR consideram que “os jovens que a escola tem formado são, assim como os antigos artesãos, pessoas com vivências concretas que procuram integrar essa experiência numa atividade socialmente engajada, relevante e humanizada”.
Por isso, na exposição preparada para Milão o foco está “na selecção das pessoas que desenvolveram estes objetos, mostrando como várias gerações se fundem numa só”.
Criado em 1961, o Salone Satellite é um dos mais emblemáticos eventos internacionais do setor do mobiliário e design.