Dos mais de 4,8 milhões de casos confirmados de Covid-19 em Portugal desde o início da pandemia, cerca de 273 mil são suspeitas de reinfeção, o que corresponde a cerca de 5,6% do total.
De acordo com o relatório semanal divulgado esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) e Direção-Geral da Saúde (DGS), foram contabilizados 4.872.825 episódios de infeção entre 3 de março de 2020 e 6 de junho de 2022, dos quais 273.071 são suspeitas de reinfeção.
As autoridades de saúde estimam ainda que 51,7% dos casos de reinfeção entre 91 e 180 dias ocorreram com a linhagem BA.5 da variante Ómicron, que se mantém dominante no país.
Segundo o documento atualizado a 6 de junho, foram reportadas em Portugal 158.538 novas infeções nos sete dias anteriores (menos 15.479 do que na semana anterior), correspondendo uma incidência de 1.539 casos acumulados por 100 mil habitantes.
Embora ainda considerada “muito elevada”, a evolução da incidência revela uma “tendência decrescente” em quase todo o país, exceto na região de Lisboa e Vale do Tejo e na Madeira.
O índice de transmissibilidade (Rt) do vírus que provoca a Covid-19 baixou por sua vez para 0,98, indicando também uma tendência decrescente.
Inversamente, a letalidade tem sofrido um aumento, tendo sido registados na passada semana 292 óbitos associados à Covid-19 (mais 68 do que na semana anterior).
Relativamente à pressão sobre os serviços de saúde e ocupação hospitalar por casos de Covid-19, a DGS dá conta de 1.991 internamentos de doentes infetados em 6 de junho, menos 101 em relação à semana anterior. Deste total, 108 doentes estavam a ser tratados em unidades de cuidados intensivos (mais um).
“Todos os grupos etários apresentaram uma tendência estável nos internamentos em enfermarias na última semana, exceto o grupo dos 20 aos 39 anos, que apresentou uma tendência decrescente”, adiantam ainda a DGS e o INSA. Quanto à faixa etária com maior número de doentes internados nas enfermarias continua a ser a dos idosos com 80 ou mais anos, com 820 doentes hospitalizados na segunda-feira (menos 31 do que na semana anterior).
A epidemia de Covid-19 mantém uma incidência muito elevada, embora com inversão da tendência crescente que se vinha a observar nas últimas semanas. Os internamentos apresentam um abrandamento da tendência crescente, enquanto a mortalidade específica por Covid-19 mantém uma tendência crescente. Deve ser mantida a vigilância da situação epidemiológica da Covid-19, recomendando-se o reforço das medidas de proteção individual e a vacinação de reforço, e aposta na consciencialização da população
Direção-Geral da Saúde e Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA)
A percentagem de testes positivos para SARS-CoV-2 entre 31 de maio e 6 de junho foi de 50,4%, o que indica uma “possível inversão da tendência para decrescente”, tendo-se registado uma diminuição do número de despistes do vírus.
Perante estes indicadores, o INSA e a DGS adiantam que a pandemia “mantém uma incidência muito elevada”, embora com inversão da tendência crescente que se vinha a registar nas últimas semanas.
Ainda assim, “deve ser mantida a vigilância da situação epidemiológica, recomendando-se fortemente o reforço das medidas de proteção individual e a vacinação de reforço”, aconselha o relatório.
OMS aponta para mais de 4,9 milhões de infeções em Portugal
Já segundo os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) relativos a Portugal, o total de casos de infeção por SARS-CoV-2 reportados cifrava-se ontem, 10 de junho, em 4.917.127, e o número de óbitos devido a complicações associadas à doença em 23.531.
A nível mundial a OMS contabilizava ontem mais de 532 milhões de casos de infeção por SARS-CoV-2 desde o início da pandemia, havendo registo de cerca de 6,3 milhões de mortes relacionadas.
Quanto à vacinação, o balanço aponta para 11.854.673.610 doses de vacinas contra a Covid-19 administradas até terça-feira, 7 de junho.