A Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) anunciou esta quarta-feira, em comunicado, que vai avançar com projetos inovadores na área ambiental com contributo para o aumento da quantidade e da qualidade da reciclagem dos resíduos recolhidos seletivamente. O investimento é superior a meio milhão de euros e financiado pelo Fundo Ambiental.
Uma das iniciativas que a CIMRL pretende concretizar passa pelo desenvolvimento do Sistema de Depósito com Retorno, através da atribuição de prémios aos utilizadores aderentes; e a melhoria dos sistemas municipais de recolha de embalagens e de resíduos de embalagens, com vista à “sua valorização”.
Estão ainda previstas ações de sensibilização e envolvimento das comunidades escolares na reciclagem e separação dos biorresíduos, e na implementação de redes de recolha seletiva deste tipo de resíduos, que representam em média “quase 37 por cento do nosso caixote de lixo comum”, lê-se na mesma nota de imprensa.
Estudos recentes têm vindo a demonstrar que quando os biorresíduos são recolhidos de forma seletiva e devidamente encaminhados para tratamento e valorização, “podem ser geridos para aproveitar todo o potencial positivo, ambiental e económico”.
Assim, “investir na prevenção e na recolha seletiva, contribui para vários objetivos, desde logo assegurar um futuro mais sustentável, e não só no que diz respeito ao cumprimento de metas de reciclagem”, frisa Gonçalo Lopes, presidente da CIMRL, citado em comunicado.
Estes novos projetos fazem parte da transição para uma economia circular e servem para conseguir atingir as metas ambientais ao nível da reciclagem, ditadas pelo novo Pacote Europeu dos Resíduos, que exige “um melhor desempenho em matéria de recuperação dos materiais” e introduz a “obrigatoriedade de implementar redes de recolha seletiva de biorresíduos ou proceder à separação e reciclagem na origem dos biorresíduos”.
Introduz também “uma meta de redução da deposição em aterro”, sendo que os estados-membros devem procurar garantir que, a partir de 2030, os aterros não possam aceitar quaisquer resíduos apropriados para reciclagem ou outro tipo de valorização, nomeadamente resíduos urbanos, explica a CIMRL na nota de imprensa.