As palavras cruzam-se com as estátuas este fim de semana em Pombal, no lançamento da Rota dos Olhares e Contares do lado de Lá, um percurso poético que vai dar vida às estátuas do município. Ao mesmo tempo, a cidade recebe o Festival de Estátuas Vivas, que conta com a participação, entre outros, de António Santos, “Homem Estátua” recordista do Guiness.
A exposição de homens estátua acontece no sábado, dia 25 de junho, entre as 16 e 19 horas, e vai permitir apreciar várias performances nas ruas de Pombal.
A partir das 16h30 de sábado é apresentado o percurso poético Rota dos Olhares e Contares do Lado de Lá, com partida do Teatro-Cine de Pombal. O dia termina na Biblioteca Municipal com a inauguração da exposição de ilustrações “Breviário Ilustrado do Tempo Contado”.
Trata-se de uma das componentes de “Breviário do Tempo Contado – Rota Olhares e Contares do Lado de Lá”, cuja apresentação acontece sexta-feira, dia 24, às 21h30, no Celeiro do Marquês.
Este roteiro literário foi construído com curadoria de Mafalda Milhões e Paulo Moreiras e nele participam autores como Laborinho Lúcio, Afonso Cruz, Cristina Drios e Cristina Traquelim, entre outros, que aceitaram o desafio apresentado pelo projeto “Territórios 5 Sentidos”, que junta os municípios de Pombal, Castanheira de Pera e Sertã-
Desse trabalho nasceu um roteiro literário em forma de mapa de narrativas livres, onde cada um oferece a sua identidade ao território. A ideia é construir um livro cujas histórias têm como premissa as estátuas edificadas nos três municípios, avança a organização.
Em “Breviário do Tempo Contado – Rota Olhares e Contares do Lado de Lá” leitores e visitantes percorrem “um roteiro poético e emocional, criado pelos escritores e ilustradores que contam histórias através de narrativas literárias de texto e imagem”.
“Neste breviário apresentam-se novos olhares e novas abordagens onde a fantasia e a criatividade nos unem como uma manta de retalhos cheia de imaginação. Embora este seja um livro de ilustrações, é também um livro de silêncios, dos momentos introspetivos de cada um de nós na contemplação e na descoberta de algo que comoveu os nossos sentidos, como uma proposta de reflexão sobre o nosso lugar no mundo, tanto de pertença, como de integração”, revela um dos curadores, Paulo Moreiras.
A apresentação inclui um apontamento musical, a cargo do luso-brasileiro Pierre Aderne, com o espetáculo “Rua das Pretas”, às 22h15, no Celeiro do Marquês.