O Município de Leiria vai lançar na sexta-feira uma campanha de informação e de sensibilização sobre a vespa velutina, mais conhecida por vespa asiática, iniciativa que se prolonga até 31 de julho, anunciou hoje a autarquia.
Numa nota de imprensa, a Câmara liderada por Gonçalo Lopes explicou que a campanha tem a colaboração de todas as juntas e uniões de freguesias, que, “além de folhetos e cartazes sobre o tema, irão receber informação mais detalhada, através de ações de sensibilização”.
A campanha inclui ainda a criação de uma página dedicada à vespa velutina no ‘site’ do Município (https://www.cm-leiria.pt/areas-de-atividade/ambiente/vespa-velutina) e a publicação de diversas informações sobre esta espécie.
A Câmara justificou a iniciativa por considerar que “existe ainda algum desconhecimento sobre a matéria e que a falta de informação pode conduzir a comportamentos que contribuem para uma maior disseminação da vespa, como, por exemplo, as tentativas de destruição dos ninhos sem os meios e procedimentos adequados”.
Além de procurar explicar as diferenças entre a vespa asiática e a vespa europeia, “a campanha irá também divulgar os diversos níveis de risco, a caracterização dos ninhos, as fases do ciclo biológico e a forma de criação de uma armadilha artesanal”.
Segundo informação da autarquia, entre 1 de janeiro e 22 de junho, foram destruídos 65 ninhos no concelho, principalmente nas uniões de freguesias de Leiria, Pousos, Barreira e Cortes, e de Marrazes e Barosa, “o que representa uma redução de quase 80% em comparação com o mesmo período de 2021”.
Para a Câmara, “este decréscimo está relacionado com o facto de a população se encontrar mais sensibilizada e atenta e também com a colocação de armadilhas por todo o concelho, que, até ao mesmo dia, já permitiu a captura de 2.975 vespas velutinas”. As freguesias de Amor, Coimbrão, Monte Real e de Monte Redondo são as que registam maior número de espécies capturadas.
De acordo com informação no sítio na Internet do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, “os principais efeitos da presença desta espécie não indígena [vespa velutina] manifestam-se em várias vertentes, sendo de realçar” na apicultura, “por se tratar de uma espécie carnívora e predadora das abelhas”, e na segurança pública, dado que estas vespas, “não sendo mais agressivas que a espécie europeia, no caso de sentirem os ninhos ameaçados reagem de modo bastante agressivo, incluindo perseguições até algumas centenas de metros”.