A saltadora leiriense Evelise Veiga esteve, ontem, ao início da noite, perto de conseguir o acesso à final do salto em comprimento nos Campeonatos Mundiais de Atletismo de Oregon.
Antes da última ronda de saltos a atleta estava em posição de se qualificar, graças ao seu primeiro salto a 6,54 metros.
Conseguiu 6,41 metros no segundo salto e fez nulo no terceiro e último ensaio, ronda onde as adversárias a ultrapassaram.
No final da qualificação, no conjunto dos dois grupos, Evelise foi 15ª classificada. Teria que ter conseguido um salto de 6,61 metros para se apurar para a final.
Em declarações à FPA, a leiriense disse ter arriscado até ao último instante.
“Nós acreditamos no apuramento mesmo até ao final. Foi o que eu fiz, entrei para o último ensaio com vontade de conseguir a marca necessária para chegar à final, mas foi nulo. Sinto que dei tudo e deixei lá tudo o que podia”, referiu a atleta, emocionada por estar perto de conseguir o acesso às 12 melhores.
“É sempre possível fazer-se mais, não nos devemos limitar. Estive sempre de mente aberta ao longo do concurso, abri com um salto que me deu uma posição confortável, mas tinha a consciência de que tinha de saltar mais para poder estar nas 12 primeiras. Por isso tinha de arriscar nos últimos dois ensaios. No segundo a corrida não foi perfeita e por isso foi aquela marca [6,41 m]. Tinha de arriscar tudo no terceiro e sinto que o salto estava lá. Mas foi nulo. Naquele momento não poderia ter feito mais nada”, afirmou Evelise Veiga.
Já durante a madrugada, na final do triplo salto, o campeão olímpico Pedro Pichardo sagrou-se campeão do mundo, com um salto de 17,95 metros.
Foi a primeira medalha de ouro em mundiais de Pichardo, que já tinha sido segundo classificado em 2013 e 2015. O português “arrancou” a vitória logo no primeiro ensaio.
O pódio fechou com os mesmos protagonistas dos Jogos Olímpicos de Tóquio, com Hughes Fabrice Zango (Burkina Faso) a ser segundo agora (17,55) e Yaming Zhu a ser terceiro (17,31).