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Cultura

Memória e tecnologia com encontro marcado para Pombal em “Identidade Prototipada”

A emblemática Casa Varela é objeto da criatividade de Roberto Caetano, que criou uma instalação cujo movimento é metáfora para a história do edíficio. Durante as Festas do Bodo o artista está lá, a recolher testemunhos da relação da população com a casa que já teve muitos usos ao longo do tempo.

Recorrendo a impressão 3D, robótica e programação, Roberto Caetano criou uma instalação cuja articulação é metáfora para a história da Casa Varela

Tem uma recordação, uma história, uma lembrança da Casa Varela? Antiga ou recente, partilhe-a naquele edifício histórico de Pombal durante as Festa do Bodo (até 2 de agosto, das 16 às 22 horas). Lá estará o artista Roberto Caetano para ouvir e gravar, na derradeira fase de “Identidade Prototipada”. Na estreia do projeto, a “estrela” é a emblemática casa que já foi muitas coisas: armazém grossista, talho, salão de festas, sede de associações e até de um partido político. Hoje é centro de experimentação artística.

Roberto é um dos músicos dos First Breath After Coma (FBAC). Na última década acumulou a banda com trabalhos em empresas de automação, injeção de plásticos ou modelação 2D e 3D. Mas a pandemia deixou os FBAC sem concertos e a ele sem atividade alternativa. “E sem rendimentos”, sublinha.

Para não estar parado, fez cursos online em áreas ligadas aos moldes. Até que idealizou “Identidade Prototipada”, onde junta todos esses conhecimentos e também o background autodidata no audiovisual.

Apresentou-o à Câmara de Pombal que o aceitou e assim nasceu o primeiro destes “bilhetes de identidade prototipados”, em que lhe interessa fixar a memória de edifícios, em ruínas ou devolutos que ganham novas vidas, e expressar a criatividade através de soluções tecnológicas.

É o caso da Casa Varela, onde entrou em residência artística no final de 2021 até maio deste ano. Recorrendo a escultura, arquitetura ou impressão 3D, criou uma peça cujo movimento é metáfora para o espírito da Casa Varela: 10 minutos em que o objeto se decompõe em fatias, simbolizando “as mil e uma coisa que a casa já foi”.

O resultado apela tanto a quem gosta de tecnologia como à emoção de quem vivenciou o espaço. Paralelamente, produziu um mini-documentário, com entrevistas a pessoas relevantes no trajeto do edifício, da fundação à incarnação atual. O conjunto, em exposição na Casa Varela, é “uma peça lúdica e educativa” que será enriquecida pelo filme mais longo, que nascerá dos depoimentos recolhidos durante o Bodo 2022.

Depois, Roberto Caetano vai dedicar-se a novo desafio de “Identidade Prototipada”: o próximo edifício está definido, mas não pode ainda ser revelado.

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