Os funcionários que trabalham à sessão para o Teatro José Lúcio da Silva (TJLS) receberam uma proposta de vínculo que garante a remuneração em caso de quebra de serviço ou encerramento por razões que não lhes possam ser assacadas. João Paulo Silva, projecionista que reclamava a alteração contratual da ligação que o liga ao teatro há 24 anos, revelou que a situação foi resolvida na sequência de negociações com a direção do TJLS.
“Depois de apresentada uma contraposta, foi tudo muito rápido. Estou satisfeito com o que conseguimos”, disse o trabalhador ao REGIÃO DE LEIRIA, admitindo que nem todas as exigências que fez foram alcançadas, como a incorporação nos quadros enquanto efetivo.
“Não é tudo o que desejava, mas dá-me estabilidade e a segurança que não tinha até aqui”, situação que, durante a pandemia, o privou dos rendimentos provenientes da atividade que desempenha ao serviço dos teatros municipais. “Em caso de encerramento do teatro, tenho o vencimento garantido. Sinto-me aliviado por isso. É uma garantia que não existia antes, mas a situação podia ter sido trabalhada mais cedo, noutros moldes”, considera João Paulo Silva.
E acrescenta: “O que me foi proposto a mim, e pelo qual eu lutei, foi proposto também, nas mesmas condições, aos restantes [dois] trabalhadores à sessão”.
Para o projecionista, que tornou o caso público no REGIÃO DE LEIRIA em março deste ano, o acordo agora obtido “é uma prova de confiança entre as partes”:
“Não me arrependo do que fiz e da minha luta. E quero agradecer ao dr. José Pires, que acompanhou sempre a situação dos trabalhadores. Teve sempre grande empenho e dedicação para resolver esta situação”.
Teatro José Lúcio da Silva cria garantias para trabalhadores à sessão
Três funcionários que continuam a receber à sessão passam a ter direito a remuneração em caso de encerramento o teatro ou suspensão da atividade.