Ainda não há uma data para a cerimónia de encerramento do Leiria Cidade Europeia do Desporto (CED) 2022. E Carlos Palheira não tem pressa. Até porque o concelho tem mais cinco meses de intensa atividade para celebrar e continuar a viver, ao máximo, todos os eventos e competições desportivas que clubes, federações e, nalguns casos, o próprio Município têm organizado para celebrar o desporto na região.
Só nos primeiros seis meses do ano, Leiria realizou 157 eventos, 50 dos quais só no mês de junho, e envolveu mais de 100 mil pessoas, em 41 modalidades diferentes.
Os dados foram avançados pelo vereador do Desporto da Câmara de Leiria, na passada sexta-feira, 29 de julho, na reunião do Conselho Municipal do Desporto.
“O caminho que percorremos até agora teve sempre como critério as bases da candidatura: os valores da inclusão, da diversidade, de oportunidade e desenvolvimento das instalações dos clubes e do Município. Temos cerca de 46 clubes apoiados ao nível das infraestruturas. E depois o ‘Desporto para todos’, que também está contemplado. Se conseguirmos fazer com que o projeto continue a dignificar estes quatro pilares, que foram aqueles que apresentámos, sim, então a CED é um sucesso”, explica o vereador ao REGIÃO DE LEIRIA.
Para o segundo semestre, além das habituais caminhadas, trails e torneios, está prevista a realização da Meia Maratona de Leiria (em outubro), o regresso da Resistência Urbana de BTT, a 8 de outubro, no centro da cidade, e o Campeonato da Europa e do Mundo de andebol em cadeira de rodas, em novembro. Serão mais de 200 eventos.
Já na próxima semana, a Praia do Pedrógão, onde foi realizado o primeiro torneio de andebol de praia do país, em 1994, vai acolher um encontro com “velhas glórias”, e no dia 26, o relvado do Municipal de Leiria recebe a final da Supertaça de futebol feminino.
À semelhança da Taça da Liga, disputada em janeiro, este é considerado um grande evento no âmbito da CED, até porque em 2021, a final da Supertaça foi acompanhada nas bancadas do Jamor por cerca de 10 mil pessoas.
Ainda assim, Carlos Palheira lembra que a diversidade existente é de tal ordem que muitas vezes não são os eventos de maior mediatismo que mais fascinam. E dá como exemplo, um evento de krav maga que envolveu 250 pessoas, no Pavilhão do Lis, no mesmo dia que o pavilhão do Souto da Carpalhosa recebia uma prova de kempo, com centenas de pessoas.
“Já fui esmagado, no bom sentido, por vários eventos. Já fui para eventos em que tinha uma fraca expectativa e em que cheguei ao local e fiquei deslumbrado”, conta, salientando que “há muitos casos
em que o sucesso esteve refletido”.
“As pessoas são muito empenhadas e os seus projetos são muito valiosos e, por isso, é que têm tanto sucesso”, acrescenta.
Questionado se os leirienses participam e estão informados sobre a programação da CED, Carlos Palheira reconhece que “não é fácil fazer a comunicação de todos os eventos programados”, dada a diversidade e quantidade, apesar de um esforço dos clubes e das páginas oficiais da CED nas redes sociais.
Certo é que, até final do ano, a CED promete “muito desporto, muita festa, um envolvimento do associativismo e uma continuidade na aposta da melhoria e da capacitação das instalações desportivas”, conclui Carlos Palheira.
“Muito desporto, muita festa” vão marcar a agenda de Leiria até final do ano
Às competições distritais e nacionais, juntam-se os congressos, as taças, os challenges e os estágios que envolvem milhares de atletas e dezenas de técnicos dos clubes de Leiria na Cidade Europeia do Desporto.