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Ambiente

Na Nazaré há uma “onda que ninguém quer surfar”

Escultura foi criada por Soraia Domingues com plásticos e resíduos recolhidos na costa portuguesa.

foto da escultura feita com lixo marinho no areal da Nazaré

Soraia Domingues é a autora das esculturas que, por estes dias, podem ser vistas na Nazaré, em Gaia e em Portimão, ao abrigo do projeto TransforMAR, uma iniciativa do Lidl Portugal, com o objetivo de sensibilizar para a poluição nas praias e nos oceanos.

Os trabalhos da artista são feitos a partir de resíduos não recicláveis e, no conjunto, foram elaborados a partir de mais de quatro toneladas de plástico, resíduos e redes de pesca, com um total de cerca de 20 quilómetros de redes de pesca, 100 metros de cabo e 200 covos (armadilhas de polvo).

Na Nazaré, a escultura que pode ser vista perto do paredão da praia remete para uma onda gigante – “a onda que ninguém quer surfar”. Foi criada com plástico e resíduos recolhidos ao longo da costa portuguesa pela Brigada do Mar, bem como de redes de pesca perdidas no oceano recolhidas pela Marinha Portuguesa.

Para Soraia Domingos, citada em comunicado enviado pelo Lidl aos órgão de informação, “é muito importante fazer este tipo de campanhas de sensibilização da comunidade para a limpeza e não poluição das praias e dos oceanos”. A artista sublinha que uma forma de chegar às pessoas “é não só fazer a parte da recolha dos resíduos, onde todos podem dar o seu contributo, mas mostrar algo visível e acessível a todos, fruto dessas recolhas e é aí que entram as esculturas”.

A escultora que participou na primeira edição do projeto TransforMAR, como promotora nas campanhas de recolha de resíduos pelas praias portuguesas, adianta ainda: “É bastante gratificante ver como o projeto tem crescido ao longo dos anos e poder voltar a colaborar, desta vez, com o contributo da minha arte”.

Segundo o relatório da ONU, “Da Poluição à Solução: Uma Análise Global sobre Lixo Marinho e Poluição Plástica”, citado no comunicado, estima-se que, “até 2040, os mares devem receber entre 23 e 37 milhões de toneladas destes resíduos por ano”.

Anualmente, a Marinha e as Autoridades Marítimas removem das águas costeiras portuguesas cerca de seis toneladas de redes de pesca do oceano, redes essas que ameaçam espécies e habitats marinhos e se decompõem em microplásticos que podem trazer constrangimentos à segurança alimentar, ao bem-estar animal, e à saúde humana.

Desde que se estreou, em 2018, o TransforMAR já recolheu e transformou 110 toneladas de plástico, em material com benefício direto para a comunidade, recolhidos pelas praias de norte a sul do país.

A iniciativa, criada pelo Lidl Portugal, conta com a parceria do Eletrão, Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE), Brigada do Mar, Marinha Portuguesa, Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e QUERCUS.

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