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Cultura

Museu da Cerâmica das Caldas da Rainha é monumento de interesse público

Receberam a classificação o antigo Palacete Visconde de Sacavém e o jardim envolvente, na rua Dr. Ilídio Amado.

A Secretaria de Estado da Cultura classificou como monumento de interesse público o Museu da Cerâmica das Caldas da Rainha, antigo Palacete Visconde de Sacavém, segundo uma portaria publicada hoje em Diário da República.

De acordo com a portaria, são classificados como monumento de interesse público o Museu da Cerâmica, antigo Palacete Visconde de Sacavém, e o jardim envolvente, na rua Dr. Ilídio Amado, na cidade de Caldas da Rainha, no distrito de Leiria.

A Secretaria de Estado da Cultura justifica a classificação pelo “seu interesse como testemunho notável de vivências ou factos históricos, valor estético, técnico e material intrínseco, conceção arquitetónica, urbanística e paisagística, a sua extensão e o que nela se reflete do ponto de vista da memória coletiva”.

O imóvel “destaca-se no centro de um quarteirão murado na zona histórica da cidade, junto ao Parque D. Carlos I e próximo da atual Fábrica Bordalo Pinheiro, correspondendo a uma antiga quinta de veraneio da qual se conservaram os espaços ajardinados”.

Além disso, “o edifício principal, datado de finais do século XIX, foi mandado construir pelo segundo Visconde de Sacavém, importante mecenas de ceramistas das Caldas da Rainha, configurando um palacete de gosto revivalista com fachadas em aparelho de pedra à vista, alpendres, torre de dois pisos e vãos intercalados por painéis de azulejo”.

Já os jardins, “de características românticas, constituem um interessante testemunho do gosto da época, sendo compostos por exemplares de valor botânico e paisagísticos distribuídos entre uma sucessão de alamedas, patamares, canteiros, lagos, tanques e um auditório ao ar livre, e pontuados por azulejos datados do século XVI ao século XX, elementos cerâmicos e estatuária”.

Por isso, os espaços exteriores assumem-se como parte integrante do percurso museológico, reforçando a vocação do espaço do museu enquanto local privilegiado de lazer.

O museu integra ainda um edifício anexo onde se situa a sala de exposições temporárias, a loja, a olaria e o centro de documentação.

A classificação tem como fundamento uma proposta da Secção do Património Arquitetónico e Arqueológico do Conselho Nacional de Cultura, de 15 de dezembro de 2021.

De acordo com a página da Direção Regional de Cultura do Centro, o Museu da Cerâmica foi criado oficialmente em 1983, depois de em 1981 ter sido adquirida para esse efeito a antiga Quinta Visconde de Sacavém, localizada na zona na zona histórica da cidade, junto ao Parque D. Carlos I e à Fábrica Bordalo Pinheiro.

A Quinta Visconde de Sacavém é um conjunto arquitetónico revivalista de final do século XIX, constituído por um palacete tardo-romântico que abriga a exposição permanente assim como áreas anexas, remodeladas, onde se situam a sala de exposições temporárias, a loja, olaria e centro de documentação.

Os jardins da quinta, de traçado romântico, constituem um conjunto evocativo do gosto do final do século XIX com alamedas, canteiros, floreiras e um auditório ao ar livre.

Em 2021, o museu foi alvo de uma reparação orçada em mais de 37 mil euros, para reparar e substituir as caixilharias de madeira, assim como reconstruir o alpendre nascente que tinha sido interditado em 2019, por razões de segurança.

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