O aviso amarelo emitido pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) para o distrito de Leiria no início desta semana estende-se até às 18 horas desta quarta-feira, dia 14.
O prolongamento do aviso deve-se à previsão de “precipitação por vezes forte”, que poderá ainda ser acompanha de trovoada e rajadas fortes.
Além de Leiria, também os distritos de Viana do Castelo, Porto, Braga, Aveiro, Vila Real, Bragança, Coimbra, Viseu, Guarda e Castelo Branco vão estar sob aviso amarelo até às 18 horas de hoje, e Portalegre, Évora e Beja até às 12 horas desta quarta-feira.
Na origem da emissão deste aviso estão, segundo o IPMA, “as linhas de instabilidade” associadas ao ciclone extratropical Danielle, que vão originar precipitação por vezes forte e acompanhada de trovoada e rajadas fortes de vento, no litoral oeste, evoluindo gradualmente para leste.
Este cenário de precipitação deverá manter-se ao longo da semana, embora com menores quantidades de precipitação acumulada a partir de hoje.
O aviso amarelo é emitido pelo IPMA sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.
O IPMA alerta ainda para o período de seca prolongado que Portugal atravessa, destacando que a precipitação forte “poderá dar origem a escorrência superficial considerável das águas pluviais em zonas íngremes e em solos queimados, devido à sua lenta infiltração”.
Dependendo da intensidade local da precipitação, poderão ocorrer cheias rápidas em meios urbanos, além da redução de visibilidade, adverte ainda.
De modo a minimizar os efeitos do agravamento das condições meteorológicas, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) recomenda algumas medidas de autoproteção e adoção de comportamento adequados.
Medidas preventivas
- Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
- Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
- Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais;
- Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
- Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
- Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível acumulação de neve e formação de lençóis de água nas vias;
- Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
- Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.