Deputados do PSD enviaram uma pergunta ao Governo para serem informados do valor investido durante o ano de 2022 e qual o plano florestal previsto para o Pinhal de Leiria.
Numa pergunta dirigida ao ministro do Ambiente e Ação Climática, esta quinta-feira, os deputados questionam o valor investido em 2022 e nos anos anteriores em ações de reflorestação e recuperação do património florestal da Mata Nacional de Leiria, também identificada por Pinhal de Leiria ou por Pinhal do Rei, que ardeu em outubro de 2017.
Os sociais-democratas pretendem ainda saber se os montantes orçamentados foram executados na totalidade, qual a área intervencionada em regeneração natural e em plantação florestal e que plano está previsto para alargar a rede primária de defesa da floresta contra incêndios no Pinhal de Leiria.
O pedido de informação estende-se ao plano previsto no Plano de Gestão Florestal.
Os deputados recordam que a Mata Nacional de Leiria foi destruída em mais de 86% da sua área por incêndio florestal.
“Após a devastação de mais de 9 mil hectares, provocada pelo incêndio florestal de 2017, o Governo prometeu uma total recuperação do património natural do Pinhal de Leiria, através da sementeira ou plantação, e da regeneração natural do povoamento florestal. O compromisso levou a várias declarações de membros do Governo, assumindo igualmente uma diversificação de espécies florestais no Pinhal do Rei no futuro”, lê-se no documento enviado à Assembleia da República.
O PSD entende ainda que a “recuperação da Mata Nacional de Leiria manteve-se a um ritmo mais lento do que inicialmente previsto e desejável” e que o “valor investido anualmente parece estar muito aquém do que é desejável para uma recuperação eficaz”.
“Embora o PSD tenha insistido num aumento de 3,5 milhões de euros face ao previsto na lei do Orçamento do Estado 2022 para ações de silvicultura que permitam a rearborização e o sucesso de regeneração natural no Pinhal de Leiria, a proposta foi rejeitada, estando apenas comprometido um investimento de 1,5 milhões de euros, em 2022 na Mata Nacional de Leiria”, apontam os deputados, ao considerar que é “manifestamente pouco”.