A Câmara de Pedrógão Grande formalizou ontem dia 24, um protocolo para a implementação de uma estação náutica certificada que quer dar resposta ao “potencial enorme” do concelho no turismo náutico e aliar este ao turismo da natureza.
“Considerando que Pedrógão Grande tem duas albufeiras, Cabril e Bouçã [no rio Zêzere], que apresentam um potencial enorme na fileira turismo náutico e com vista a estruturar este produto e aliar o mesmo à oferta do produto natureza, o município dá mais um passo no processo de candidatura à certificação de estações náuticas em Portugal, com a assinatura do protocolo de parceria para a formalização e constituição da estação náutica”, revelou aquele município do norte do distrito de Leiria.
Segundo a mesma informação, a entidade coordenadora da estação é a Câmara de Pedrógão Grande, registando-se ainda 31 parceiros.
Juntas de freguesia, estabelecimentos de restauração e de alojamento, operadores turísticos que desenvolvem atividades náuticas ou de turismo da natureza, e a Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria estão entre os parceiros, adiantou à agência Lusa o presidente da autarquia, António Lopes.
“Pedrógão Grande fez o seu trabalho, agora depende da Fórum Oceano”, acrescentou António Lopes.
A Fórum Oceano – Associação da Economia do Mar, pessoa coletiva de utilidade pública, visa promover o desenvolvimento da economia do mar.
De acordo com o seu sítio na Internet, existem no país 30 estações náuticas certificadas (a última a ter este estatuto foi a de Vila Nova de Foz Côa, em 25 de maio). A do Oeste, certificada em 2018, integra, também, concelhos do distrito de Leiria, neste caso do sul, além de municípios de Lisboa.
A estação náutica de Castelo de Bode, certificada em 2018, surge numa albufeira, igualmente, no rio Zêzere. A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo refere que esta estação reúne mais de 70 parceiros.
De acordo com informação da Câmara de Pedrógão Grande, as vantagens de uma estação náutica passam, entre outras, pela “diversificação da oferta turística”, a “redução da sazonalidade, associada a uma agenda diversificada de atividades ao longo de todo o ano”, o “aumento do gasto médio por visitante” e o “trabalho em rede e promoção conjunta a nível internacional dos produtos turísticos”.
Este protocolo seguiu-se a uma reunião, em abril, com potenciais parceiros.
No mês seguinte, António Lopes disse à Lusa que a partir da estação náutica certificada “vão orbitar todas as outras formas de atividade económica relacionadas com o turismo e serviços”, realçando a sua importância para “potenciar o turismo”.
Valorizar “recursos associados à água, aproveitando o crescimento gradual da procura pela náutica desportiva e de lazer” nos territórios do Interior, em complementaridade com outros recursos naturais e paisagísticos ou mesmo culturais e patrimoniais, é um dos propósitos estratégicos da estação náutica de Pedrógão Grande.
Pretende-se, igualmente, envolver “as comunidades locais, com destaque para as comunidades jovens, através da progressiva inclusão das práticas desportivas aquáticas no desporto escolar”, e, entre outros aspetos, criar “um destino sustentável, acessível e inclusivo”.