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Porto de Mós

Porto de Mós não vai ter iluminação natalícia

Medida visa poupar energia, explicam os responsáveis municipais

A Câmara de Porto de Mós, no distrito de Leiria, não vai instalar iluminação natalícia este ano, medida que visa poupar energia, disse hoje à agência Lusa o presidente da autarquia, Jorge Vala.

“Decidimos, em conjunto com os senhores presidentes de junta de freguesia, que este ano apenas vamos ter um pequeno apontamento no Castelo a assinalar o Natal. A tradicional iluminação de Natal não vamos fazer, tendo em conta o facto de estarmos numa altura de contenção no consumo de energia elétrica, o que nos obrigou, inclusive, a reduzir os horários da iluminação pública”, afirmou Jorge Vala.

O autarca considerou não fazer “grande sentido estar a comunidade a fazer um esforço no que diz respeito à redução da iluminação pública e, em simultâneo”, o município fazer a iluminação do Natal, mesmo que fosse com horário reduzido.

“Achamos que, de todo, não devemos fazer”, declarou, adiantando que está assegurada a realização de eventos relativos à época natalícia, como a Aldeia de Natal.

Segundo o presidente do município, “está tudo a ser organizado, todo o projeto habitual ligado ao Natal continua a haver”, mas sem “os chamados consumidores de energia”, caso, também, da pista de gelo.

Questionado sobre a poupança que esta medida pode representar, Jorge Vala apontou “cerca de 15 mil euros”, mais o valor da energia não consumida.

Sobre a eventual insatisfação que esta decisão pode causar nos comerciantes, o autarca admitiu que possa haver alguma apreensão.

“No entanto, os nossos comerciantes são pessoas compreensivas e sabem que estamos a viver um momento excecional, já o vivemos no passado relativamente a outras situações, e este momento muito excecional exige medidas excecionais”, salientou.

Disse ainda acreditar que não será pela ausência de iluminação que o comércio terá quebra de vendas.

Para Jorge Vala, o facto de o município assegurar o projeto da Aldeia de Natal “é gerador de concentração de pessoas na vila de Porto de Mós”.

Frisando que a “grande preocupação” é a eventual interrupção no fornecimento de energia, Jorge Vala sustentou que a “situação é de tal forma grave que exige” dos municípios medidas “no sentido não apenas de reduzir a energia, mas também de alertar a população” para o “momento muito excecional” que se está a viver no que diz respeito a esta matéria.

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