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Saúde

Urgência do hospital de Leiria encerrada até às 8 horas da manhã

Doentes estão a ser encaminhados para outros hospitais do centro do país.

Foto do exterior da urgência
Foto de arquivo: Joaquim Dâmaso

Até às 8 horas de amanhã, quarta-feira, o serviço de urgência geral do hospital de Leiria não está a receber doentes na especialidade de Medicina Interna, estando estes a ser encaminhados para outros hospitais da zona centro do país.

O REGIÃO DE LEIRIA confirmou que essa indicação foi dada, hoje de manhã, pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes de Lisboa (CODU) ao Comando Distrital de Operações de Socorro de Leiria (CDOS), tendo este, posteriormente, informado as corporações de bombeiros e as equipas de emergência pré-hospitalar.

Os doentes urgentes estão a ser transportados para os hospitais de Caldas da Rainha, Figueira da Foz, Torres Vedras, entre outros.

O REGIÃO DE LEIRIA questionou a administração do Centro Hospitalar de Leiria sobre o encerramento do serviço de urgência, mas até à hora em que esta notícia foi publicada não tinha recebido resposta.

Os constrangimentos no serviço de urgência do Hospital de Leiria têm sido frequentes. A necessidade de transportar doentes para outras unidades hospitalares leva a que “um transporte que demoraria uma hora, leve duas ou mais”, contou ao nosso jornal fonte próxima do hospital.

Ambulância do INEM parada

A dificuldade de encaminhar doentes para os serviços de urgência agrava-se com a greve dos técnicos de emergência pré-hospitalar que começou esta terça-feira, 8 de novembro, e vai decorrer por tempo indeterminado.

Embora a greve se cinja ao trabalho suplementar, ela implicará a paragem da ambulância de emergência médica de Leiria durante horas e mesmo dias. O REGIÃO DE LEIRIA sabe que isso sucederá no próximo dia 13 de novembro, entre as 8 e as 16 horas, e nos dias 23 e 24 deste mês, em que a ambulância estará sem funcionar durante 48 horas.

Com esta greve, os profissionais exigem medidas para tornar a carreira mais atrativa, como forma de combater a taxa de 30% de abandono da profissão.

“O principal problema da carreira prende-se com a elevada taxa de abandono e ausência de candidatos aos concursos”, adiantou o presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH).

Segundo Rui Lázaro, o número de técnicos de emergência pré-hospitalar no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) “tem vindo a reduzir-se significativamente ao longo dos últimos anos”, apesar das contratações feitas, o que “prova uma elevada taxa de abandono superior a 30%”.

“A forma de combater isso é tornar a carreira mais atrativa, revendo imediatamente o índice remuneratório, que está próximo do salário mínimo nacional”, adiantou o dirigente sindical, ao prever uma “adesão grande” à greve que se iniciou às 00:00 de hoje.

De acordo com o pré-aviso, a paralisação abrange todos os técnicos de emergência pré-hospitalar do INEM e inclui todos os eventos programados que o instituto se proponha a assegurar, “para lá daquilo que é a sua atividade normal e legalmente exigível”.

Uma vez que a greve se refere a trabalho suplementar, a estrutura sindical não apresentou qualquer proposta de serviços mínimos por “não serem devidos”, já que “todo o trabalho em horário normal urgente e emergente continuará a ser garantido em todos os turnos”.

O sindicato assegurou ainda que as “ocorrências multivítimas e catástrofes naturais ou outras que possam vir a ocorrer” não estão abrangidas por esta paralisação, adiantando que, para essas situações, “os trabalhadores estarão sempre disponíveis para acorrer às necessidades que se imponham e prestarão o trabalho suplementar que se mostrar necessário”.

Com Lusa

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