A elevada afluência à urgência geral, registada na última semana, levou o Centro Hospitalar de Leiria (CHL) a emitir ontem, ao final do dia, um comunicado em que reforça o pedido aos utentes para se dirigirem àquele serviço “apenas em casos mesmo urgentes”.
Esta semana, a urgência voltou a encerrar na especialidade de medicina interna, tendo os doentes sido encaminhados para outras unidades hospitalares da zona centro do país.
No comunicado, o conselho de administração do CHL explica que a elevada procura por aquele serviço “tem gerado muitos constrangimentos no funcionamento interno da instituição”. A dificuldade em dar resposta deve-se aos “picos de procura”, situação que se agravou por ter coincidido com “os dias de auditoria de avaliação para revalidação da acreditação do CHL pela Joint Commission International”.
De forma “a fazer uma ainda mais rigorosa gestão dos recursos existentes”, o conselho de administração pede que “no seu próprio interesse, os utentes adotem as medidas já divulgadas em situações anteriores, utilizando de forma correta as urgências hospitalares”. Recorda que, “em caso de doença, o primeiro contacto deverá ser para a Linha SNS 24 – 808 24 24 24, que disponibiliza aconselhamento e encaminhamento em situação de doença e medicação”.
O CHL sugere ainda que “os utentes recorram aos cuidados de saúde primários, dirigindo-se ao seu centro de saúde para serem assistidos pelo seu médico de família, ou pelo seu médico assistente, ou para serem observados na consulta aberta”.
No comunicado, o conselho de administração “decide manifestar publicamente um voto de agradecimento aos profissionais de todos os serviços do centro hospitalar, pela demonstração inequívoca de uma elevada capacidade de trabalho, dedicação e empenho, que colocam sempre o doente em primeiro lugar, mesmo num enquadramento conturbado, e pela resposta adequada e devido compromisso para com as diversas auditorias realizadas”. Dirige um agradecimento especial “aos profissionais do serviço de urgência geral e ao serviço de pediatria e respetiva urgência, pela resiliência e cuidado, e ao serviço de medicina interna, pelo reforço no internamento, com a disponibilização de camas suplementares”.
À comunidade, o conselho de administração “apela à compreensão dos utentes que procuram os seus Serviços pelo atual contexto nacional e local que atravessa, nomeadamente a adesão às greves”.
