O novo reitor do Santuário de Fátima afirmou-se disponível para estar à frente da instituição até 2017, ano em que se comemora o centenário dos acontecimentos da Cova da Iria, e receber, por essa ocasião, uma visita papal.
“Tenho disponibilidade para estar cá em 2017 e, se estiver, seria com muito gosto e prazer que veríamos cá a visita de sua santidade”, afirmou o padre Carlos Cabecinhas, que no sábado toma posse como reitor do Santuário de Fátima para um mandato de cinco anos que pode ser renovado.
Referindo que “o futuro a Deus pertence”, o responsável adiantou: “Enquanto a Igreja precisar de mim aqui, eu aqui estarei e tentarei dar o meu melhor”.
Carlos Cabecinhas apontou as comemorações do centenário, cujo programa celebrativo se iniciou no ano passado, como a “grande prioridade pastoral do santuário” no mandato que vai começar e para o qual admite dificuldades.
“Julgo que a maior dificuldade será, antes de mais, e, em primeiro lugar, habituar-me a essa responsabilidade e a este cargo”, declarou, garantindo não ser “com temor” que assume estas funções: “Tenho clara consciência de que este nunca é um trabalho isolado”.
A este propósito, o futuro reitor acrescentou: “Trabalharei com muitas outras pessoas e, por outro lado, conto, fundamentalmente, com a ajuda de Deus nesta tarefa que ele agora me confia”.
Questionado sobre o que vai mudar no santuário, o responsável respondeu: “Vou assumir um trabalho de continuidade em relação àquilo que tem sido o trabalho desenvolvido no Santuário de Fátima”.
Continuidade prometeu, também, ao nível das celebrações, que definiu como “a principal atividade pastoral do santuário”, ou na concretização de obras já previstas, como a requalificação do Centro Pastoral Paulo VI e o túnel defronte da Igreja da Santíssima Trindade.
À pergunta sobre o que espera da Igreja Católica nas novas funções, Carlos Cabecinhas disse acreditar que bispos e presbíteros “não deixarão de colaborar em tudo aquilo de que o santuário precisar, tal como o santuário em tudo procurará colaborar com a Igreja portuguesa e com a Igreja universal naquilo que é a sua missão específica”.
Sobre o momento de crise que o país atravessa, o novo reitor declarou não ter dúvidas de que Fátima, “como coração espiritual de Portugal, é, também, uma grande ajuda e um grande consolo para todos aqueles que vivem esta situação difícil”. Escusou-se no entanto a prever se a crise poderá corresponder a um aumento de fiéis.
Carlos Cabecinhas, que se habituou a visitar Fátima desde tenra idade, nas peregrinações diocesanas e das crianças, referiu que estas são “as recordações mais antigas” que tem do santuário.
“São experiências felizes e que, por isso, mantiveram sempre uma grande simpatia da minha parte em relação ao próprio santuário”, acrescentou o sacerdote que no sábado, às 11:00, na Igreja da Santíssima Trindade, toma posse como reitor.