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Alvaiázere

Transporte a pedido na Região de Leiria arranca no próximo mês em Alvaiázere

“MOBI Região de Leiria” pretende ser um serviço complementar à rede pública de transportes.

foto de mulher na paragem de autocarro à espera de transporte

O transporte flexível a pedido da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) arranca no dia 2 de janeiro, em Alvaiázere, estendendo-se aos restantes nove concelhos da comunidade em dois anos, foi hoje anunciado.

“Dia 2 de janeiro, em Alvaiázere. Em fevereiro, nos concelhos de Castanheira de Pera e Pedrógão Grande, em março em Figueiró dos Vinhos e segue-se Ansião. E, depois, os restantes concelhos nos dois anos seguintes”, afirmou à agência Lusa o vice-presidente da CIMRL Jorge Vala, também presidente da Câmara de Porto de Mós.

O autarca, que falava à margem de uma reunião da CIMRL, em Alvaiázere, salientou que esta é uma solução “para poder servir as populações”.

“Entendemos que este serviço é um serviço que vai, de alguma forma, responder àquelas populações com mais dificuldade de mobilidade e, sobretudo, em locais mais dispersos”, realçou Jorge Vala.

Segundo informação da CIMRL, o transporte a pedido da Região de Leiria “é um serviço de transporte público em que o passageiro pode fazer antecipadamente a reserva da sua viagem, até às 15 horas do dia anterior ao dia da viagem, através de uma chamada para o número de telefone 800 24 25 26 (de segunda a sexta-feira, entre as 09 e as 15 horas)”.

“Realizado com recurso aos operadores locais (táxi), o projeto é financiado pelo PART – Programa de Apoio à Redução, permitindo que o utilizador pague um valor mais reduzido pelo serviço, sendo o restante suportado pela Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria”, refere esta entidade.

O vice-presidente da CIMRL admitiu que se esta iniciativa tiver sucesso, os municípios, “provavelmente, poderão ter de passar mais licenças de táxi, porque este é um serviço, efetivamente, importante para fazer chegar as populações aos centros mais urbanos e, portanto, até aqui, não havendo rotas de transporte público, porque nalguns casos e em muitos até não se justifica”, esta é uma solução encontrada “para responder à população”.

“Este é um processo que vai ser evolutivo, que nos próximos dois anos contamos que esteja a funcionar em toda a Região de Leiria”, acrescentou.

O autarca referiu ainda que a iniciativa é, essencialmente, um protocolo que é feito com os taxistas, que vão a casa das pessoas, sem rotas específicas, “e o preço que o utente paga é idêntico ao preço que pagaria num transporte público normal, entre 1 euro e 2,50 euros”, sendo “o restante suportado pela Comunidade Intermunicipal através do PART, com um investimento, nesta primeira fase, de cerca de 80 mil euros”.

De acordo com informação da CIMRL, o transporte a pedido, denominado “MOBI Região de Leiria” quer “dar mais um contributo no combate ao isolamento da população sénior e melhorar o acesso à rede de transportes públicos, designadamente nos lugares onde o serviço público de transportes não existe ou não assegura horários compatíveis com as necessidades da população”.

“Trata-se de um serviço complementar à rede pública de transportes e pretende assegurar as deslocações para a sede do município, onde os utentes poderão ir aos seus locais habituais”, como centro de saúde, farmácia, mercado, banco, correios, entre outros locais, refere a CIMRL.

A CIMRL engloba os municípios de Alvaiázere, Ansião, Batalha, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande, Pedrógão Grande, Pombal e Porto de Mós.

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