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Batalha

Intervenção prevista no PRR “não é suficiente para as necessidades” do Mosteiro da Batalha

Até ao final de 2025, o monumento beneficiará de um investimento de 1,6 milhões de euros. Mas o diretor espera mais verbas do quadro comunitário de apoio.

A secretária de Estado anunciou que as Capelas Imperfeitas vão receber uma intervenção considerável para melhorar as condições de fruição

As Capelas Imperfeitas, no Mosteiro da Batalha, vão ser intervencionadas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), mas o diretor do monumento admitiu que o que está previsto “não é suficiente para as necessidades do monumento”.

As declarações de Joaquim Ruivo surgem no âmbito de uma visita, na manhã desta sexta-feira, dia 27, às obras que decorrem nos Claustros D. João I e D. Afonso V, e que contou com a presença da secretária de Estado da Cultura, Isabel Cordeiro.

“É seguramente um bom impulso, mas o novo quadro comunitário está perto e, à semelhança dos anteriores, acredito que bons e substanciais apoios poderão ser canalizados em benefício da conservação e requalificação do Mosteiro da Batalha”, disse o diretor.

Joaquim Ruivo lembrou que cerca de 400 mil turistas visitam todos os anos o monumento, este ano a celebrar 40 anos de inscrição na lista de Património Mundial da UNESCO, e lamentou que “os jovens portugueses conheçam mal o seu património e visitem-no pouco”.

E lançou um repto à secretária de Estado da Cultura: “A par de meios de conservação do património, a par do apoio à investigação, a par de mais eficazes dinâmicas de promoção turística, é necessário e urgente um pacto geracional”, para “criar e potenciar dinâmicas que motivem, entusiasmem, emocionem, vinculem as novas gerações no conhecimento, admiração e gosto pelo seu património”.

Isabel Cordeiro afirmou ser “particularmente importante conhecer o detalhe das intervenções em curso e as próximas, em particular a que será concretizada neste lugar, nas Capelas Imperfeitas”, onde falou.

Até ao final de 2025, o monumento beneficiará de um investimento de 1,6 milhões de euros, destinado a recuperar as coberturas da Sala do Capítulo, requalificar o Jardim do Claustro, melhorar o sistema elétrico e equipamentos de segurança e conservar e restaurar as Capelas Imperfeitas, detalhou o diretor-geral do Património Cultural, João Carlos dos Santos.

Especificamente nas Capelas Imperfeitas, panteão de D. Duarte, além da conservação e restauro, Isabel Cordeiro realçou a componente de “fruição pública, porque serão criadas melhores condições de apresentação de concertos e outras atividades culturais”.

A governante sublinhou “a importância da continuidade das intervenções neste excecional monumento”, asseguradas pelo PRR, pelo que “representam no fortalecimento das relações de proximidade com a comunidade”.

O diretor-geral do Património Cultural também salientou a intervenção prevista para as Capelas Imperfeitas, inserida “num plano mais vasto de uma grande intervenção de conservação e restauro que se quer candidatar aos fundos comunitários 2030”.

João Carlos dos Santos disse que o que está previsto para o monumento é um “plano ambicioso” e recordou que desde 2012 a Direção-Geral do Património Cultural “investiu mais de três milhões e 400 mil euros em diversas intervenções” no Mosteiro da Batalha.

A empreitada, que decorre nos claustros D. João I e D. Afonso V e que custou mais de 1,1 milhão de euros, suportados em 85% por verbas comunitárias, “é única e emblemática” por incidir em “espaços icónicos” onde estão presentes “vários autores, épocas de construção distintivas e até fases estilísticas diferenciadas”, destacando-se “a unidade e a exuberância do manuelino”.

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