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Saúde

PSD fala em caos nos cuidados de saúde primários e hospitalares no distrito de Leiria

Hugo Oliveira destacou, nos cuidados de saúde primários, a falta de médicos de família.

fotografia de grupo da comitiva do PSD Leiria em frente ao Centro Hospitalar do Oeste
A comitiva do PSD/Leiria realizou, em janeiro, várias visitas a hospitais e centros de saúde, nomeadamente ao Centro Hospitalar do Oeste Facebook PSD Distrital Leiria

O PSD considerou esta segunda-feira, dia 30, que a situação nos cuidados de saúde primários e hospitalares em Leiria está um caos e alertou que o distrito precisa de uma “atenção diferente” nesta área.

“Quando olhamos para os cuidados de saúde primários, a primeira palavra que sobressai é o caos”, afirmou o presidente da Comissão Política Distrital de Leiria do PSD, Hugo Oliveira, também deputado, numa conferência de imprensa, em Leiria, após um mês em que a estrutura partidária e os parlamentares eleitos por este círculo dedicaram à temática da saúde.

Fazendo-se acompanhar de parlamentares e outros responsáveis partidários, Hugo Oliveira destacou, nos cuidados de saúde primários, a falta de médicos de família, notando que “há uma promessa falhada do primeiro-ministro”, o socialista António Costa, nesta matéria.

“Podia ter aceitado a proposta apresentada nas legislativas por parte do PSD de fazer acordos com o setor privado”, declarou, elencando locais no distrito de Leiria nos quais sobressai a falta de médicos de família.

Segundo o deputado, “há aqui uma grande dificuldade nos cuidados de saúde primários que, depois, tem reflexo naquilo que são os cuidados hospitalares”.

Para o social-democrata, o caos volta a repetir-se nos cuidados hospitalares, “tanto no hospital de Leiria, como no hospital de Caldas da Rainha”.

“Os fechos das urgências são mensais, para não dizer quinzenais ou semanais. Não há capacidade de resposta dos serviços hospitalares também aos utentes do distrito”, frisou, observando que em consultas externas da especialidade há “atrasos brutais”.

O dirigente do PSD reconheceu que a pandemia de Covid-19 agravou “ainda muito mais esta situação”, mas frisou que “a pandemia não desculpa tudo”.

“Concluímos, de facto, que o distrito de Leiria precisa de uma atenção diferente e nem o facto de ter tido um secretário de Estado da área nos garantiu aquilo que nós precisávamos em termos de saúde”, declarou, numa alusão ao ex-governante socialista António Lacerda Sales, ressalvando que “um Governo não se faz só de um secretário de Estado (..) e a responsabilidade máxima é do primeiro-ministro”.

Sobre a criação da Unidade Local de Saúde da Região de Leiria, o líder distrital do PSD recordou que, em janeiro de 2022, no congresso nacional do partido, foi apresentada uma moção distrital sobre a necessidade de criação desta estrutura, defendendo que “a sua abrangência deve ter em conta a vontade das populações”.

“E quando falo em vontade das populações quem as representa são os autarcas”, referiu, defendendo ser “fundamental o envolvimento dos autarcas” numa iniciativa em que os sociais-democratas são favoráveis, dado que pode “trazer ganhos”.

Na sequência do roteiro dedicado à saúde do distrito, os deputados do PSD eleitos por Leiria apresentaram na Assembleia da República quatro projetos de resolução e 10 perguntas.

Entre as perguntas ao ministro da Saúde, Manuel Pizarro, o PSD quer saber por que razão “17 mil utentes já ultrapassaram o tempo máximo de resposta garantido” para consultas da especialidade e que medidas vai o Governo tomar para reduzir estes tempos de espera no hospital de Leiria, assim como sobre a possibilidade e quando da ampliação desta unidade de saúde.

Outra das questões prende-se com a falta de médicos em vários concelhos ou os certificados de incapacidade multiuso.

“São muitas as pessoas que estão com esta dificuldade clara no acesso a estes certificados”, adiantou, questionando ainda o governante sobre a razão de não receber o presidente da Câmara de Caldas da Rainha, Vítor Marques (independente), a propósito do futuro Centro Hospitalar do Oeste, ou quando resolve o problema de quatro de 12 camas para o internamento em cuidados paliativos, em Alcobaça, não estarem a ser utilizadas.

Os deputados do PSD de Leiria apresentaram ainda quatro projetos de resolução, para a criação do serviço de atendimento de doentes crónicos frequentemente agudizáveis, de equipas médicas de intervenção comunitária e de promoção da literacia em saúde, todos em Leiria, e do serviço de urgência básica da Marinha Grande.

Em março, os deputados e a Distrital de Leiria do PSD vão fazer um roteiro dedicado à economia.

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