Acordei com as luzes praticamente desligadas e uma criatura de avental sujo e semblante pouco amigável a rosnar em cima de mim. Ignoro como fui ali parar, o certo é que adormeci longamente em cima da mesa. Desorientada, fui para a rua e reparei num papel verde gigante entalado na placa da matrícula e outro no para-brisas, entre um fumo de mosquitos que mais parecia uma constelação em noite limpa. Apenas consegui ler um código estranho. O que é isto!?
Sandra Francisco
Gestora de Redes Sociais no Politécnico de Leiria
Exclusivo3 de Fevereiro de 2023
Antologia do Improviso: Um fumo de mosquitos, parece tão perto
Virei uma das páginas e encontrei a fórmula, toquei-lhe e sentia-a nas mãos. Deixei-me levar até à última gota, encontrei o brinco, encontrei-te a ti. Desliguei-me da vida e fui em forma de verso e sede.