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Saúde

Governo prevê que cuidados paliativos de Alcobaça atinjam ocupação plena em maio

Segundo deputados do PS, “apenas oito camas” estariam a ser utilizadas nesta unidade do Hospital de Alcobaça, “por falta de recursos humanos”.

A unidade de cuidados paliativos do Hospital de Alcobaça, cuja ocupação de camas tem estado limitada por falta de recursos humanos, deverá atingir a dotação completa em maio, informou o Ministério da Saúde.

“Prevê-se que a dotação plena seja ativada no próximo mês de maio”, informou o Ministério da Saúde em resposta a uma pergunta dos deputados do PSD eleitos pelo distrito de Leiria, sobre a alegada ocupação apenas a dois terços da Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital Bernardino Lopes, em Alcobaça.

Na pergunta efetuada no final de janeiro, os social-democratas denunciaram que na unidade criada em 2021, constituída por 12 camas de internamento distribuídas por 10 quartos, “apenas oito camas” estariam a ser utilizadas “por falta de recursos humanos”.

Ou seja, pode ler-se na questão, “somente dois terços da capacidade instalada naquele serviço tão fundamental está a ser aproveitada para prestar cuidados de saúde aos doentes”.

Na resposta aos deputados, a que a agência Lusa teve acesso, o Ministério da Saúde confirmou que “no arranque da nova unidade foram colocadas em funcionamento oito camas”, mas adiantou que à data da pergunta “já se encontravam em funcionamento 10 camas”.

Sem esclarecer se a não ocupação do total das camas se deve ou não à falta de recursos humanos, o Ministério precisou que o serviço conta com 14 enfermeiros e dois médicos a tempo inteiro, um dos quais se encontra de licença.

A unidade conta também com outro médico, um psicólogo e um assistente social, “os três a tempo parcial”, e ainda com cinco assistentes operacionais.

Os deputados eleitos por Leiria questionaram ainda o Governo sobre as previsões de aumento do número de camas e de profissionais, em 2023, mas o Ministério da Saúde não esclareceu.

A Unidade de Internamento de Cuidados Paliativos (UICO) foi a primeira a ser criada no distrito, ficando instalada no Hospital de Alcobaça Bernardino Lopes de Oliveira, que integra o Centro Hospitalar de Leiria (CHL).

Citado num comunicado, o presidente do Conselho de Administração do CHL, Licínio Carvalho afirmou, aquando da abertura da unidade, que o serviço funcionaria com uma equipa multidisciplinar a tempo inteiro, cobrindo toda a área de influência do centro hospitalar, num total de cerca de 400 mil utentes.

A estimativa avançada na altura apontava para que a valência prestasse cuidados especializados a “cerca de 250 doentes por ano”.

O projeto teve um investimento de cerca de 680 mil euros, cofinanciado em 156.825 mil euros no âmbito do Programa Portugal 2020.

A unidade contou ainda com uma contribuição da Câmara Municipal de Alcobaça, no valor de 75 mil euros, para aquisição de equipamentos e mobiliário.

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